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Mais de 300 denúncias de crimes ambientais são registradas AM


Em junho e agosto, o desmatamento da Amazônia cresceu 203% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Inpe
Foto: Reuters

O Amazonas registrou 312 denúncias de crimes ambientais entre janeiro e agosto deste ano pela Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema). Neste período, 51 inquéritos policiais foram apurados e 229 Termos Circunstanciados de Ocorrências (TCO) registrados. Dentre os crimes mais comuns, estão poluição sonora, desmatamento, pescado ilegal e maus-tratos a animais.

Ao todo, foram realizadas oito operações de grandes proporções de fiscalização contra crimes ambientais e apreensões de material ilícito. Na última quarta-feira (11), a Dema deflagrou a operação “Águas Brancas”, no Km 35 da AM-010, Zona Rural de Manaus. Foram constatados crimes de assoreamento de igarapé, desmatamento, queimada e abertura de ramal sem licença ambiental. Seis pessoas foram notificadas para prestarem esclarecimentos.

De acordo com a titular da Dema, Carla Biaggi os casos de desmatamento ou incêndio são mais comuns de ocorrerem em áreas rurais ou de invasão. Os policiais vão ao local, e uma perícia é realizada para coletar provas técnicas e avaliar do dano ambiental e do grau de devastação e poluição.

“Na investigação, testemunhas prestam depoimento, nós identificamos o autor e assim conseguimos definir quando começou a degradação. A Dema conta com a tecnologia de satélites para avaliar o tamanho da devastação nesses locais. Existem vários tipos de desmatamento, e as penas variam. Mas todos são indiciados e respondem na Justiça pelo crime”, informou.

A delegada acrescentou que a unidade policial também desenvolve um trabalho conscientização, com campanhas e divulgação de alertas sobre crimes ambientais.

“Muitas pessoas cometem crimes ambientais sem saber que é infração, sem saber que vai responder judicialmente e administrativamente por aquela infração. Nós vamos às comunidades, nos locais das denúncias, e informamos à população que aquilo não pode ser feito. Temos muitos casos de assoreamento de rios, de igarapés que não existem mais na nossa cidade por conta de poluição. Por isso, atuamos de maneira firme contra esses crimes”, finalizou Biaggi.


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