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Manaus-Boa Vista: começam testes de energização do Linhão de Tucuruí

Os testes do linhão do Tucuruí (Manaus-Boa Vista), que vai conectar Roraima ao SIN (Sistema Interligado Nacional), estão previstos para serem realizados nesta segunda-feira (8) e na quarta-feira (10), segundo informações do Operador Nacional do Sistema (ONS). A expectativa é que a linha de transmissão entre em operação até o final de setembro.

Fiscalização da Aneel

Entre os dias 18 e 22 de agosto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) realizou uma fiscalização em campo nas obras da Transnorte Energia S.A. (TNE). O objetivo foi verificar o estágio final de implantação da Linha de Transmissão de 500 mil volts (500 kV), bem como das subestações Lechuga, Equador e Boa Vista.

Com o inicio dos testes de energização previstos para esta segunda-feira, 8, será viabilizada a interligação eletroenergética do estado de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O empreendimento compreende 724 km de linhas de transmissão e três subestações — Lechuga (AM), Equador e Boa Vista (RR).

A conclusão das obras permitirá a redução do consumo de combustíveis fósseis na região, contribuirá para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa (GEE) e promoverá maior qualidade e segurança energética.

A entrega do empreendimento representa um avanço significativo para a qualidade de vida da população de Roraima, reforça a segurança energética do estado e melhora a confiabilidade do sistema elétrico da região Norte.

Estão com seus dias contados os cerca de 120 caminhões-tanque que circulam diariamente entre Manaus e Boa Vista transportando gás e óleo diesel para abastecer a geração de energia elétrica no estado — cenário que será transformado com a interligação ao SIN.

Licença de Operação pelo Ibama

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu a Licença de Operação (LO) da Linha de Transmissão Manaus–Boa Vista, empreendimento que conecta o estado de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Até então, Roraima era o único estado do país a depender exclusivamente de usinas termelétricas movidas a combustíveis fósseis para garantir o abastecimento de energia.

Com 721 km de extensão, o projeto representa um marco histórico para a segurança energética nacional e para o desenvolvimento sustentável da região, reduzindo custos e impactos ambientais relacionados ao uso de termelétricas.

Participação indígena e redução de impactos ambientais

Um dos principais diferenciais do processo de licenciamento conduzido pelo Ibama foi a participação direta da comunidade Waimiri Atroari (Kinja). O povo indígena acompanhou todas as etapas, da concepção às medidas socioambientais adotadas na execução da obra.

Atendendo a solicitações da comunidade, o traçado da linha foi mantido o mais próximo possível da BR-174, o que reduziu a abertura de novos acessos e minimizou a supressão de vegetação. Também a pedido dos indígenas, as praças das torres foram construídas em áreas menores, e tecnologias como o içamento de cabos por drones foram implementadas para reduzir o impacto sobre a floresta.

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