Esse índice visa medir a qualidade de vida da população entre os municípios do país, destacando aspectos como: necessidades básicas, que incluem acesso a água potável, saneamento e moradia adequada.

Manaus ficou em 19º lugar entre as capitais brasileiras no Índice de Progresso Social (SPI) 2024, apontando fragilidades em áreas essenciais como infraestrutura, inclusão e segurança pública.
Com uma pontuação de 64,35, a capital amazonense está abaixo do nível intermediário do estudo, liderando o Tier 3, que reúne cidades com desempenho social abaixo do esperado e enfrentando desafios crescentes em progresso social.
Manaus, como principal capital do Norte, superou suas cidades coirmãs da região no ranking. No entanto, apesar de ser a sétima maior cidade do Brasil, ainda enfrenta desafios significativos, como desigualdades profundas, infraestrutura deficiente e acesso limitado a serviços básicos.
O SPI, que mede o progresso social com base em três dimensões principais: Necessidades Básicas, que incluem acesso a água potável, saneamento e moradia adequada; Fundamentos do Bem-Estar, que englobam educação, saúde e qualidade ambiental; e Oportunidade, que aborda liberdade pessoal, inclusão social e acesso a direitos.
Além disso, os classifica em nove categorias, conhecidas como tiers. As cidades no Tier 1, como Brasília (1ª), Goiânia (2ª) e Belo Horizonte (3ª), registram as melhores pontuações, geralmente acima de 68, devido à infraestrutura avançada e à qualidade de vida superior.
O Tier 3, liderado por Manaus, abrange cidades cujo desempenho está aquém do necessário para suprir plenamente as necessidades de seus habitantes. No detalhamento por componente, Manaus apresentou desempenho bom em Habitação, com 71,82, e Saúde, com 69,77.

Em Nutrição e Atendimento Médico, com 67,10, e Educação Básica, com 68,21, os resultados foram intermediários, mas ainda dentro da faixa esperada.
Já em componentes como Segurança Pública, com 58,27, e Informação e Comunicação, com 58,59, o desempenho foi ruim, refletindo fragilidades estruturais.
Por outro lado, os piores resultados foram registrados em Direitos e Voz, com 35,97, Liberdade Pessoal e Escolhas, com 48,42, Inclusão Social, com 43,88, e Educação Avançada, também com 43,88, evidenciando desigualdades profundas e limitações graves em inclusão social e acesso ao ensino superior.
Apesar de superar cinco capitais do Norte, como Boa Vista (22ª), Rio Branco (23ª), Belém (24ª), Macapá (26ª) e Porto Velho (27ª), além de três do Nordeste, como Salvador (20ª), Recife (21ª) e Maceió (25ª), a 19ª posição de Manaus no Índice de Progresso Social não corresponde ao potencial financeiro e à capacidade de investimento acumulada pela cidade ao longo das últimas quatro décadas, fruto da geração de riqueza da Zona Franca de Manaus.
A avaliação destaca que, embora o Produto Interno Bruto (PIB) per capita de Manaus seja de R$ 50.412,34, a cidade não traduz esse valor em desenvolvimento social equivalente.
Desafios estruturais, como transporte público ineficiente, desigualdades na educação e na saúde, comprometem o desempenho da capital no índice.
O SPI utiliza uma metodologia baseada exclusivamente em indicadores sociais e ambientais, excluindo dados econômicos diretos, como o PIB.
Os resultados são calculados considerando cenários ideais (utopias) e os mais desfavoráveis (distopias), oferecendo uma análise precisa sobre os avanços e limitações das cidades brasileiras.
Confira a íntegra do Índice de Progresso Social (SPI) 2024: