Os membros titulares e suplentes do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas (Conen) tomaram posse na tarde desta sexta-feira (20), no PAC Compensa.
O Conen é diretamente ligado à Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e é composto por representantes de órgãos estaduais.
Além da Sejusc, o Conen é composto pelas secretarias estaduais de Saúde (SEA-AM); Assistência Social (Seas); Segurança Pública (SSP-AM); Educação e Desporto (Seduc), assim como a Universidade Federal do Amazonas (Ufam); Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM); Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM); Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas ( TJ-AM).
O Conen também tem representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Serviço Social da Indústria (Sesi); da Superintendência Regional da Polícia Federal do Amazonas e dos Conselhos Regionais de Psicologia; de Serviço Social; de Farmácia, e de Medicina. A composição atual terá o mandato de quatro anos, com vigência até 2026.
Gabriella Campezatto, secretária executiva de Direitos Humanos, reforça que a Sejusc possui em seu corpo diversos conselhos e que eles têm um papel fundamental no poder público junto à sociedade civil.
“Os conselhos servem como uma ponte para a participação da sociedade junto à administração pública, garantindo assim os direitos nas construções dos projetos e fiscalização. Hoje, nós estamos aqui para dar posse aos membros do Conen, que é um conselho muito importante no Amazonas e a partir do qual podemos atuar no combate de uso de álcool e outras drogas aqui no estado”, pontuou a secretária executiva.
Atuação do conselho
Flávia Ribeiro, atual titular do Conen, explica que por meio das políticas públicas desenvolvidas pelos conselho, não só as pessoas que sofrem com a dependência química são beneficiadas pelos projetos e pelas ações, mas toda a comunidade.
“O Conen pode ser trabalhado por meio de diversas esferas como a prevenção, por meios de ações e instituições públicas ou privadas, por meio da esfera da reinserção social ou da esfera do tratamento. Quando nós podemos contar com os parceiros da clínica e comunidades terapêuticas e etc.”, frisa Flávia.
Júlio Souza, representante do Conselho Regional de Psicologia (CRP) reforça que a psicologia procura não só acompanhar a reabilitação desse indivíduo, procura também o acompanhamento das famílias, que por vezes elas estão sensibilizadas.
“O uso da droga desestabiliza não só o indivíduo fisiologicamente, mas vai desestabilizar psicologicamente e socialmente a família como todo, e muita das vezes dependendo da área, pode afetar toda uma comunidade, porque quando falamos de drogas, não estamos falando só do indivíduo, mas também todo aquele suporte que é dado para aquele usuário, para que ele continue usando a droga”, frisa o psicólogo.
“A sociedade entende que a pessoa usa droga porque quer, criando esse estigma e separando essa pessoa da sociedade. A psicologia mostra que a pessoa que usa droga encontrou uma forma de fugir dos problemas que ela não encontra solução, e ela é uma pessoa adoecida como qualquer outra pessoa doente”, finalizou o membro do Conen.