Seis dos sete denunciados pelo sequestro de Marcelinho Carioca e de Taís Moreira, amiga do ex-jogador, foram condenados pela Justiça de São Paulo. O crime aconteceu em dezembro do ano passado.
O juiz Sérgio Cedano disse na sentença que “as consequências do delito são nefastas, traumatizando as vítimas de forma irreversível”. Os réus ainda podem recorrer das condenações.
Segundo informações da polícia durante as investigações, Caio Pereira da Silva e Jones Ferreira, os que renderam Marcelinho e Taís e os levaram para o cativeiro, receberam, respectivamente, uma pena de 28 anos e cinco meses prisão e 24 anos e quatro meses de prisão.
Já as responsáveis por procurar amigos e familiares das vítimas para a extorsão, Thauannata Lopes dos Santos e Camily Novais da Silva, receberam uma punição de 21 anos e quatro meses de prisão.
Wadson Fernandes Santos e Eliane Amorim, que teriam fornecido as contas bancárias para o recebimento dos pagamentos, sacado e transferido o dinheiro, foram condenados a 24 anos e 4 meses de prisão.
O sétimo denunciado, Matheus Cândido Costa, que seria o terceiro homem armado que rendeu as vítimas, não foi julgado ainda.
Relembre o crime
O ex-jogador Marcelinho Carioca e a amiga foram sequestrados no dia 16 de dezembro de 2023 enquanto passavam por um baile funk próximo a Itaquaquecetuba, cidade onde ambos trabalharam na Secretaria de Esporte e Lazer.
Segundo a Prefeitura de Itaquaquecetuba, Marcelinho era chefe da pasta, mas não faz mais parte da administração do município “há meses”.
Marcelinho e a amiga, Taís Moreira, ficaram cerca de 48 horas sob poder de criminosos. Durante o cárcere, as vítimas teriam sido obrigadas a gravar um vídeo no qual afirmam ter um romance.
O registro tinha como objetivo despistar os policiais, segundo o diretor do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas), Paulo Pilz.
“Com a repercussão [do caso], eles libertaram o Marcelinho. Já iam soltar, tanto que gravaram aquele vídeo com a intenção de soltar e dissimular que era o marido que estava sequestrando com a intenção da polícia ir para cima do marido”, explica Piltz.
Nas redes sociais, Marcelinho disse nesta terça-feira (19) que foi atacado pelos suspeitos no momento em que passava por um baile funk.
O ex-jogador afirma que desceu do carro para cumprimentar os populares que o reconheceram no automóvel de luxo.