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Médico alerta do risco da fumaça das queimadas nas crianças

Médico pediatra do Sistema Hapvida faz um diagnóstico sobre o perigo da fuligem das queimadas na saúde infantil nessa época no ano

Os efeitos produzidos pela fumaça e fuligem das queimadas, comuns neste período de estiagem, podem causar problemas de saúde. Os principais problemas de saúde decorrentes disso são intoxicação, acidente vascular cerebral (AVC), desordens cardiovasculares, enfisema pulmonar, asma, conjuntivite, bronquite, irritação dos olhos e garganta, tosse, falta de ar, nariz entupido, vermelhidão e alergia na pele. 

Além disso, as queimadas contribuem para o efeito estufa e aumenta, ainda mais, os efeitos negativos provocados pela baixa umidade do ar nos períodos de seca. Se houver fuligem, soma-se ao seu potencial tóxico, o gasto de água (geralmente potável) para a limpeza.

“Os principais efeitos que a gente vê, em consequência da inalação desta fumaça são, principalmente, problemas respiratórios. Então, a gente vê criança com muita tosse, dor de garganta e diversas outras reações”, afirma Dr. Guilherme Vernachi, médico pediatra do Sistema Hapvida.

Ele acrescenta que, em muitas delas, pode desenvolver problemas ainda mais sérios, indo desde uma irritação alérgica, passando por uma gripe, até casos de quem tem asma desenvolver uma crise, ou pneumonia, tudo em consequência da inalação de fumaça. 

As recomendações dadas pelo pediatra para que as crianças sejam preservadas da insalubridade trazida pela fumaça é, além do uso de máscara para evitar que seja inalado pequenas partículas, manter as crianças dentro de casa”, afirma Dr. Guilherme Vernachi, detalhando que pode ser deixado, principalmente no quarto, umidificador de ar, toalhas molhadas ou uma bacia de água para que o ar melhore a umidade, evitando que a criança inale essas partículas. 

Além disso, a recomendação do pediatra é que incentive o aumento no consumo de água, pois, se a criança se hidratar bem, os pulmões e as vias aéreas poderão combater melhor a entradas das partículas fazendo com que o próprio organismo consiga eliminar ou não deixar entrar as tais partículas.  

Guilherme Vernachi recomenda que, caso a criança apresente sintomas mais graves de febre, tosse ou irritação nasal, por exemplo, é importante que seja levada a um médico pediatra, pois, neste momento em que e vive a pandemia de Covid-19, o ideal é sempre procurar um especialista para que se possa identificar se o problema é decorrente da fumaça ou se trata de um algo mais sério.

“O ideal é evitar a automedicação para que seja evitado um problema mais grave”, conclui o pediatra.

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