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A Justiça Federal no Amazonas condenou o médico Mouhamad Moustafa a 16 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelo superfaturamento de contrato em serviços não prestados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Campos Salles. A decisão foi tomada pela juíza Ana Paula Serizawa, da 4ª Vara Federal do Amazonas.
Esta é a quinta condenação do médico apontado como líder de uma quadrilha que desviou milhões da saúde do Amazonas. A denúncia que gerou a condenação foi do Ministério Público Federal (MPF) que apontou pagamentos de R$ 1,2 milhão à empresa Salvare Serviços Médicos Ltda.
Os valores seriam para fornecimento de software a UPA Campos Salles. O superfaturamento foi detectado no valor cobrado pelo serviço, pois o custo normal de mercado era de R$ 20 mil, mas os valores pagos pelo Instituto Novos Caminhos (INC) eram de R$ 80 mil.
Mouhamad ainda terá de devolver R$ 1,4 milhão e pagar um multa de R$ 2,4 milhões pela prática de peculato, conforme a decisão da juíza federal.
Além dele, também foram condenadas a advogada Priscila Marcolino Coutinho a 12 anos de prisão e a enfermeira Jennifer Naiyara Yochabel a 3 anos e seis meses. As duas também foram multados em valores que somam R$ 354 mil.
