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Megaleilão com 22 aeroportos começa nesta quarta; três são do Amazonas

O lance da mínimo inicial do bloco de aeroportos amazonenses é de 47,9 milhões

Terminais movimentam cerca de 11% do total do tráfego de passageiros do país. Expectativa do governo é garantir R$ 6 bilhões durante os 30 anos de concessão

O governo federal retoma nesta quarta-feira (7) sua agenda de privatizações com a realização da 6ª Rodada de Concessão de aeroportos. Serão oferecidos 22 aeroportos, divididos em 3 blocos. O leilão será realizado a partir das 10h, na sede da B3, em São Paulo. No Amazonas estão na lista de privatizações do governo federal, o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes de Manaus e os de Tabatinga e Tefé. https://portalvoce.com/aeroportos-de-manaus-tabatinga-e-tefe-estao-na-lista-dos-leiloes-previstos-para-esta-semana/

Chamada pelo governo de “Infra Week”, a semana terá ainda o leilão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) na quinta-feira (8) e de 5 terminais portuários no Maranhão e no Rio Grande do Sul, na sexta-feira (9).

O governo espera garantir mais de R$ 10 bilhões em investimentos privados no Brasil com a semana de leilões. Somente com o novo lote de 22 aeroportos, são esperados investimentos da ordem de R$ 6 bilhões durante os 30 anos da concessão.

Os 22 aeroportos do leilão desta quarta-feira foram divididos em três blocos, abrangendo um total de 12 estados:

  • Bloco Sul: Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Navegantes (SC), Londrina (PR), Joinville (SC), Bacacheri (PR), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS);
  • Bloco Norte: Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Tabatinga (AM), Tefé (AM) e Boa Vista (RR);
  • Bloco Central: Goiânia (GO), São Luís (MA), Teresina (PI), Palmas (TO), Petrolina (PE) e Imperatriz (MA).

Juntos, esses aeroportos representam 11% do total do tráfego de passageiros em condições normais de demanda, o equivalente a 24 milhões de passageiros por ano, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O lance da contribuição inicial de cada bloco terá os seguintes valores mínimos:

  • Bloco Sul: R$ 130,2 milhões
  • Bloco Norte: R$ 47,9 milhões
  • Bloco Central: R$ 8,1 milhões

O vencedor de cada lote terá que pagar, na assinatura dos contratos, o valor de lance mínimo, acrescido do ágio ofertado. Além desse pagamento inicial, as novas concessionárias terão de pagar ao governo um percentual da receita obtida, a partir do quinto ano de contrato. Os percentuais pré-estabelecidos aumentam até o 9º ano do contrato, tornando-se constantes a partir de então até o final da concessão.

“Os valores projetados para os contratos contemplam uma receita estimada para toda a concessão (22 aeroportos no período de 30 anos) de R$ 14,5 bilhões, sendo R$ 7,4 bilhões para o Bloco Sul, R$ 3,5 bilhões para o Bloco Central e R$ 3,6 bilhões para o Bloco Norte”, informou a Anac.

67% do tráfego nacional já está privatizado

Desde 2011, as rodadas de concessão de aeroportos no Brasil já concederam o equivalente a 67% do tráfego nacional à iniciativa privada. No último leilão, realizado em março de 2019, o governo arrecadou R$ 2,377 bilhões à vista com a concessão de 12 aeroportos. O ágio médio foi de 986%.

Com o leilão desta quarta-feira, o número de aeroportos nacionais administrados pela iniciativa privada deverá passar de 22 para 44.

O governo prevê realizar até dezembro a relicitação do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em Natal (RN). Para 2022, está previsto o leilão da 7ª rodada, que incluirá Santos Dumont (RJ) e Congonhas (SP).

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