Anderson Lacerda Pereira, o “Gordão” apontado como megatraficante ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital), foi transferido do Centro de Detenção Provisória de Chácara Belém I para a Penitenciária II de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, na manhã da quinta-feira (8). A informação foi confirmada pela SAP (Secretaria de Administração Penitenciária).
A secretaria informou, por meio de nota, que “Gordão”, um dos traficantes mais procurados do Brasil, cujo nome constava na lista da Interpol havia dois anos, foi transferido sob um forte esquema de segurança.
Segundo a pasta, ele saiu do Centro de Detenção Provisória de Chácara Belém I na quinta-feira (8), às 9h56, com equipes de agentes de escolta e vigilância penitenciária e apoio de viaturas da Polícia Militar. A transferência ocorreu por via terrestre. Ele chegou no mesmo dia a Venceslau, às 15h40.
Na quinta-feira, Adilson Tavares de Lyra Cavalcante, conhecido como “Budoguinho” ou “Buldog”, uma importante liderança da facção criminosa, também foi transferido para a mesma unidade de Presidente Venceslau. Ele veio do CDP de Itapecerica da Serra e também chegou no mesmo dia, às 15h40.
A prisão temporária de Anderson Lacerda Pereira foi mantida em audiência de custódia realizada nesta terça-feira (6), no Complexo Judiciário Ministro Mário Guimarães (Fórum Criminal Central).
Vida de Luxo
A Justiça decretou a apreensão de itens de luxo do PCC como Lanchas, helicóptero e 40 imóveis. Segundo informou o Governo do Estado de São Paulo, os investigadores do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) encontraram um helicóptero Deutschland, uma lancha Cimitarra e uma lancha Motorboat. Já as propriedades da organização somavam mais de R$ 80 milhões.
Saiba mais
A prisão de Gordão ocorreu na última segunda-feira (5). Ele é suspeito de movimentar milhões de reais com o tráfico de drogas e armas. Segundo a polícia, o homem também tinha ligação com a máfia italiana e enviava drogas do Brasil para a Europa pelo Porto de Santos.
Além disso, Anderson se inspirava no traficante colombiano Pablo Escobar e mantinha, numa propriedade no interior de São Paulo, um minizoológico com cavalos, aves exóticas e até um jacaré em um lago — foram necessários quatro policiais ambientais para retirar o jacaré do lago.