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MS alerta para vacinação contra a paralisia infantil no Amazonas

A recomendação é principalmente para os municípios do Amazonas que ficam mais próximos à fronteira com o Peru

O Ministério da Saúde alertou para intensificar a vacinação contra poliomielite, principalmente nos municípios do Amazonas mais próximos da fronteira, diante da baixa adesão à vacina no país. O alerta aconteceu após um caso ser registrado em uma criança no Peru.

A nota técnica do Ministério da Saúde esclarece que, a confirmação foi em 22 de março, depois de análises feitas no Brasil pela Fiocruz.

É uma criança indígena de um ano e quatro meses que, segundo o governo peruano, os responsáveis optaram por adiar a vacinação.

A criança apresentou febre, tosse e fraqueza, seguida de paralisia nas pernas, no fim ano passado. Ela vive numa comunidade indígena no distrito de Manseriche, no Peru, distante cerca de 500 quilômetros da fronteira com o Brasil.

“Até o momento, não temos nenhum caso identificado no Brasil. Desde 2016, as coberturas vacinais elas estão caindo não só para as vacinas contra a poliomielite e isso coloca o Brasil numa situação de vulnerabilidade muito grande”, disse o diretor do departamento de imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti.

Desde 1989, não há casos registrados no Brasil de poliomielite, doença que pode levar a paralisia infantil. Somente o esquema vacinal completo e com as doses de reforço em dia é possível continuar mantendo o Brasil na lista de países livres da circulação do poliovírus.

Amazonas reforça vigilância

Após o caso registrado na cidade peruana, o governo do estado do Amazonas também reforçou a vigilância sanitária nos municípios na tríplice fronteira com a Colômbia e o Peru, no Alto Solimões – municípios de Tabatinga, Atalaia do Norte e Benjamin Constant.

Equipes técnicas estão no interior capacitando municípios, num trabalho integrado entre equipes da Secretaria de Saúde do Amazonas, secretarias municipais, Secretaria Especial de Atenção Indígena (Sesai), Forças Armadas, representantes de Organizações da Sociedade Civil (OSC) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O secretário de Saúde do Amazonas (SES-AM), Anoar Samad, informou que o objetivo é impedir a entrada do vírus pela fronteira e impedir casos de poliomielite na região onde foi registrado o caso da doença.

“Desde que tivemos a notificação de um caso de poliomielite no Peru, nós imediatamente chamamos os secretários municipais da região de fronteira com este país e orientamos a intensificação da vacina contra a paralisia infantil. É importante que nós aumentemos a porcentagem de proteção contra essa doença”, informou Samad.

Diagnóstico

O diagnóstico da poliomielite deve ser suspeito sempre que houver paralisia flácida de surgimento agudo com diminuição ou abolição de reflexos tendinosos em menores de 15 anos. Os exames de liquor (cultura) e a eletromiografia são recursos diagnósticos importantes. O diagnóstico será dado pela detecção de poliovírus nas fezes.

Todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas conforme o quadro clínico do paciente.

Prevenção

Desde 1989, de acordo com Ministério da Saúde, não há casos registrados no Brasil de poliomielite, e somente o esquema vacinal completo e com as doses de reforço em dia é possível continuar mantendo o Brasil na lista de países livres da circulação do poliovírus.

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