O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (20) o protocolo que libera no SUS o uso da cloroquina até para casos leves de covid-19. Até então, o protocolo previa a medicação para casos graves.
Como anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o Ministério da Saúde liberou o uso da hidroxicloquina e cloroquina para o tratamento da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, já na fase inicial. A pasta, comandada interinamente pelo general Eduardo Pazuello, divulgou nesta quarta-feira (20) o novo protocolo de orientações para o tratamento de pacientes com diagnóstico da doença. O novo protocolo mantém a necessidade de o paciente autorizar o uso da medicação.
O termo de consentimento, que deve ser assinado pelo paciente, ressalta que “não existe garantia de resultados positivos”. O documento afirma ainda que o paciente deve saber que a cloroquina pode causar efeitos colaterais que podem levar à “disfunção grave de órgãos, ao prolongamento da internação, à incapacidade temporária ou permanente, e até ao óbito”.
Apesar da falta de evidências científicas sobre a eficácia do remédio, de acordo com o documento, pacientes adultos com sintomas leves podem tomar os medicamentos a partir do primeiro dia. O mesmo ocorre para quem tem sinais moderados e graves.
O protocolo da cloroquina foi motivo de atrito entre Bolsonaro e os últimos dois ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Em menos de um mês, os dois deixaram o governo
Na manhã de ontem o presidente falou sobre o assunto e afirmou: “O que é democracia? Você não quer, você não faz. Quem quiser tomar, que tome”, disse o presidente, que, rindo, ainda fez uma piada: “Está vendo como eu sou educado? Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda toma… tubaína “.