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Ministério: 33,7 mil militares acusados de usar R$ 600 indevidamente tinham direito

Dos 73,2 mil pessoas identificadas, apenas 39,5 mil realmente são militares e fizeram uso do auxílio.

O Ministério da Defesa apontou – de forma equivocada – que mais de 33,7 mil ex-militares das Forças Armadas estariam recebendo o auxílio emergencial de R$ 600 indevidamente, quando na verdade, eles possuem direito. https://portalvoce.com/tcu-manda-73-242-militares-devolverem-auxilio-de-r-600/

Na verificação, a pasta informou que 73,2 mil auxílios de R$ 600 foram pagos a militares ativos, inativos, pensionistas e anistiados. Por lei, essas pessoas, de fato, não estão autorizadas a receber o benefício. Contudo, após reavaliar os dados, a pasta assumiu que usou dados antigos para analise e que da quantidade divulgada, apenas 39,5 mil realmente são militares.

O restante – 33,7 mil – são ex-militares e, portanto, não estão impedidos de receber o auxílio emergencial pago pelo governo.

O número representa quase a metade (46%) das “fraudes” identificadas em análise preliminar, realizada pela equipe técnica do Ministério, divulgada à imprensa no dia 12 de maio.https://portalvoce.com/exercito-manda-apurar-casos-de-militares-inscritos-para-receber-o-auxilio-emergencial/

O Ministério da Defesa por nota reconheceu as distorções que aconteceram durante o primeiro levantamento divulgado à imprensa. Na ocasião, a pasta usou uma base de dados de março deste ano.

“[A base] apresentava algumas distorções para análises comparativas, por coincidir com a dispensa e incorporação de grupos de militares, tais como oficiais e sargentos temporários, além de soldados e cabos provenientes do Serviço Militar Inicial”, informou.

“As distorções citadas anteriormente foram depuradas, chegando-se aos números atuais, de 39,5 mil pagamentos indevidos”, prosseguiu o Ministério da Defesa.

A pasta, comandada pelo general Fernando Azevedo e Silva, afirma, porém, que repassou a base de dados atualizada ao Ministério da Cidadania, responsável pelo bloqueio e pagamento do auxílio emergencial.

Ministério da Cidadania – O Ministério da Cidadania foi procurado para comentar esta reportagem. A pasta informou que os cidadãos identificados como militares poderão viabilizar a contestação dos dados na Defensoria Pública da União (DPU).

Devolução – Cerca de 95% dos militares da base de dados atualizada pelo Ministério da Defesa, ou seja, que seguem nas Forças Armadas e não têm direito a receber o auxílio, devolveram o benefício emergencial.

“As apurações prosseguem no âmbito das Forças Armadas e do Ministério da Cidadania”, concluiu o Ministério da Defesa.

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