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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciará, durante encontro com prefeitos do Amazonas, no próximo dia 5 de fevereiro em Manaus, que as equipes de saúde básica que atendem as comunidades ribeirinhas passarão a receber o dobro dos recursos recebidos pelas equipes que atendem nas sedes municipais.
A medida é uma reivindicação antiga dos gestores municipais, que têm dificuldades de manter as equipes de saúde que atendem nas comunidades, um trabalho muito mais caro, demorado e difícil e que está, atualmente, tendo a mesma remuneração de equipes que atendem na sede.
Essas equipes são formadas por médicos, dentistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e de laboratório e ainda demandam custos de manutenção de embarcações e profissionais da navegação.
Para os gestores municipais, receber do Ministério da Saúde o mesmo valor para bancar equipes na sede e nas comunidades cria uma dificuldade para conseguir profissionais, além de ter que cobrir os custos maiores da equipe que vai para o interior.
“Esses profissionais da equipe ribeirinha agora vão receber em dobro, o que é um estímulo significativo”, disse o presidente da Associação Amazonense dos Município, Anderson Souza.
A ministra também conhecerá o projeto de repactuação dos recursos diretos, chamados de fundo a fundo, que hoje tem muitas problemáticas, uma delas o fato de que só nove das 62 prefeituras municipalizaram a Saúde, como preconiza o Sistema Único (SUS).
Atualmente, dos recursos fundo a fundo para a chamada MAC (Média e Alta complexidade), o Governo do Estado fica com 75% do bolo e os demais municípios ficam com 25%.
O novo projeto de repactuação, que prevê um aumento dos repasses pelos Ministério, é que o Estado fique com 60%, Manaus com 9% (atualmente não recebe nada) e os demais municípios com o restante. A iniciativa conta com o apoio de Nísia Trindade.
