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Ministro da Saúde anuncia em Manaus início da testagem em massa

Teich não gosta do termo, mas informou que possui dados do IBGE que vão ajudar na testagem da população a partir desta semana e que terá como avaliar melhor o desenvolvimento do coronavírus

O ministro da Saúde Nelson Teich anunciou agora a noite em Manaus o início das testagens na população esta semana com prioridade para grupos de riscos como na área de saúde e segurança. Ele, o governador Wilson Lima e o secretário executivo da Saúde, general Eduardo Pazuello fizerem um pronunciamento pela televisão e internet falando da agenda de trabalho desta segunda-feira e das medidas que estão sendo tomadas para frear o avanço da covid-19 no Amazonas.

Para Nelson Teich, o trabalho de diagnóstico começa no Amazonas, o primeiro que ele visita. O ministro não gosta muito de se referir ao programa de testes como uma testagem em massa: “senão o pessoal vai achar que vão testar todo mundo”. Mas o projeto vai testar um percentual da população e obviamente os grupos de risco e terá início com 20 a 21 milhões de testes, que terá um desenho definido pelo Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE)

Para o ministro a covid-19 é uma doença que “chega com uma capacidade enorme de sobrecarregar qualquer sistema. Não é um problema de Manaus, do Amazonas, é do mundo”, disse o ministro.

“Do nosso lado, o foco é um trabalho de entrega, estamos trabalhando para trazer respiradores de fora e produzir mais no Brasil e nesse momento salvar o maior numero de vida. E que o setor de saúde saia mais forte do que era antes após essa pandemia, com maior capacidade de se planejar e fazer movimentos mais rápidos”, afirmou o ministro. “É fundamental passar por isso e sair melhor”. 

Teich disse que mudou a estratégia de ataque ao coronavírus nos estados, antes linear e agora atuando com foco nas maiores demandas enviando medicamento, material de proteção, respiradores e suporte profissional. “Pra gente é fundamental está perto das pessoas, próximo dos governos”.

Responsável pela logística do ministério, Pazuello informou que a ajuda ao Amazonas já começou há algum tempo. “Começamos com equipamento, agora com recursos humanos, pegamos profissionais de Manaus que estavam disponíveis e outras contratações podem seguir para atender outras demandas, se necessárias”, disse o secretário executivo.

O governador Wilson Lima demostrou preocupação com a aquisição de insumos e foi informado pelo ministro e seu secretário executivo que o ministério vem realizando intensas negociações com empresas brasileiras. Pazuello citou que quatro empresas de São Paulo tem contrato para fabricar em grande quantidade respiradores.

“Tivemos que aumentar a capacidade instalada das empresas que não estavam adaptadas para produzir grandes quantidade. Compramos insumos no exterior. Compramos 150 a 200 por semana. Os que vieram para Manaus sairam das linhas de produção”, disse Pazuello. Segundo ele, a estratégica foi correta já que o impacto mundial foi inevitável.

Ainda de acordo com Pazuello, foi feito um briefing com empresas que estão lançando protótipos buscando comprar insumos no exterior, evitando atravessadores e receber para distribuir nos locais definidos. “Estamos trabalhando com foco onde o problema esta atacando no momento, não trabalhamos mais linear. É onde estamos reforçando o apoio”.

Pesquisa – O ministro Teich afirmou que tem um foco nos medicamentos, nos estudos em andamento no Brasil e no exterior. Disse que tem um pool de quase 100 hospitais trabalhando em pesquisa como da hidroxicloroquina e que na próxima semana terá os resultados de outros experimentos feitos em outros países com os quais o Brasil participa. “Podem mudar essa situação da noite para o dia. Estão surgindo projetos de vacinas e estamos atuando para não ficar para trás”.

O governador anunciou que neste fim de semana o Delphina Aziz atingiu a sua capacidade máxima de ocupação com 350 leitos e também do hospital de retaguarda Nilton Lins. Amanhã Wilson Lima acompanha Teich e Pazuello em visita as duas unidades do sistema. “Nesse momento temos apenas um inimigo que é o coronavírus”, finalizou o governador.

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