
O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse que espera ter em breve uma “boa notícia” sobre o linhão de transmissão de energia que conectará o Estado de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Em evento em São Paulo, Sachsida foi provocado a falar sobre o tema por Wilson Ferreira Júnior, futuro presidente da Eletrobras (BVMF:ELET3), que detém 49% da concessionária responsável pelo projeto do linhão.
O empreendimento, controlado pela Alupar (BVMF:ALUP11), foi licitado há mais de 10 anos e até hoje não teve suas obras iniciadas, principalmente por uma falta de entendimento com os povos indígenas que seriam afetados pelo traçado do projeto.
Segundo Sachsida, o linhão Manaus-Boa Vista é a principal “política ambiental” de sua pasta, visto que a conexão de Roraima ao SIN eliminará a geração termelétrica a diesel que hoje abastece o Estado de energia elétrica.
“E conto muito com a Eletrobras para estar liderando talvez a maior política ambiental e social do Ministério de Minas e Energia”, acrescentou Sachsida, ao lado de Ferreira Júnior.
Negociações
Em maio último, após anos de negociações e impasse, os índios Walmiri-Atroari, aceitaram a oferta de R$ 133 milhões do governo federal para que o linhão de Manaus a Boa Vista passe pelos 122 km da BR-174, na reserva indígena, na divisa do Amazonas com Roraima.
O repasse foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e o governador de Roraima, Antônio Denarium, em Brasília a título de contrapartida apontadas nos termos da licença de instalação, concedida pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis, no território índígena.