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Ministro diz ser possível extrair petróleo na foz do Amazonas sem risco ambiental

Foz do Rio Amazonas é considerada pelo Ibama como uma região de extrema complexidade ambiental.

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse nesta segunda-feira (26) que é possível explorar, de forma sustentável, o petróleo encontrado na região da foz do Rio Amazonas. A afirmação foi durante sua participação na abertura da Rio Oil and Gas, feira que reúne empresas do setor no Rio de Janeiro.

Travada por falta de licenças ambientais, a exploração de petróleo na foz do Amazonas foi um dos principais temas da cerimônia de abertura.

Leite disse que o Brasil segue rigorosas leis ambientais, mas afirmou acreditar que é possível chegar a um modelo de “exploração sustentável” da região. “Dá para explorar petróleo e garantir a proteção ambiental”, afirmou.

Segundo projeções do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás), o setor vai investir de US$ 183 bilhões (R$ 980 bilhões pela cotação atual) no Brasil pelos próximos dez anos. Esse valor geraria 500 mil postos de trabalho.

A estimativa também foi divulgada na abertura da feira, a primeira edição presencial em quatro anos e ocorre em um cenário de maior questionamento sobre os impactos da atividade na emissão de gases do efeito estufa.

O setor defende que será importante no processo de transição energética e que pode produzir com menor intensidade de carbono.

“A indústria do petróleo defende a transição mas com segurança para evitar a pobreza energética”, disse o presidente do IBP, Roberto Ardenghy, em seu discurso de abertura.

Além da geração de empregos, disse Ardenghy, os investimentos na produção de petróleo devem gerar cerca de US$ 620 bilhões (R$ 3,3 trilhões) em arrecadação de impostos. Ele citou ainda os impactos na balança comercial: o setor é responsável por um superávit de US$ 6,5 bilhões (R$ 34 bilhões) por ano.

Características

A região tem características semelhantes a grandes descobertas de petróleo já feitas na Guiana e no Suriname. No Brasil, porém, a dificuldade de licenciar poços levou a francesa Total a desistir da área e vender suas participações à Petrobras.

A Petrobras ainda aposta na região, disse nesta segunda o presidente da estatal, Caio Paes de Andrade, que gravou um vídeo para participar da abertura da feira. A estatal já tem planos para perfurar poços na área, mas ainda depende de aval dos órgãos ambientais.

“Temos uma grande chance. Mas só vai se concretizar se pudermos, com responsabilidade social, extrairmos petróleo”, reforçou o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, reclamando que os primeiros pedidos de licença foram feitos há 11 anos.

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