Enquanto aguardam o resultado do teste de coronavírus do presidente Jair Bolsonaro – que ontem apresentou febre e mal-estar -, alguns ministros que estiveram próximos do presidente nos últimos dias também já decidiram fazer o teste
Ao menos cinco ministros que tiveram contato com o presidente Jair Bolsonaro começaram a fazer exames para saber se estão com coronavírus. Nesta manhã, os ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira e o da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, fizeram os testes no Palácio do Planalto. Eles se dirigiram ao anexo do prédio, onde funciona o serviço médico e afirmaram não ter sintomas. O resultado de Ramos deu negativo.
O ministro da Casa Civil, general Braga Netto, se submeteu a um teste rápido para a Covid-19 ainda na noite da segunda-feira (6). Segundo auxiliares, o resultado deu negativo. O Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Também testou negativo.
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, foi outro auxiliar que fez o teste, mas ainda aguarda resultados. Ele decidiu verificar se está com coronavírus, pois além dos sintomas apresentados por Bolsonaro, descobriu que um servidor da pasta com quem teve contato também testou positivo para a doença.
O ministro da Defesa está despachando em seu gabinete e, segundo sua assessoria, está adotando “protocolos de distanciamento nos despachos, usando máscara” e outras medidas de precaução.
O vice-presidente Hamilton Mourão, por sua vez, afirmou que não pretende fazer o exame, pois, segundo ele, seu último contato com Bolsonaro foi na última terça-feira (30), ou seja, há uma semana.
Nesta segunda-feira, mesmo dia em que Bolsonaro sentiu febre e passou por um novo exame de Covid-19, ao menos três funcionários que trabalham diretamente com o presidente também relataram não se sentir bem.
De acordo com Oliveira, o presidente comunicou ontem à noite que estava indisposto mas que irá manter a rotina de trabalho mesmo à distância, caso tenha o diagnóstico confirmado. Há equipamento montado tanto no Alvorada, residência oficial da presidência, quanto no Planalto para videoconferência.
Bolsonaro ainda não ouviu todos os cotados para ministro da Educação. A lista tem quase 10 nomes. As entrevistas devem seguir virtualmente se Bolsonaro estiver com Covid-19.
Também por vídeo, Bolsonaro pretende discutir vetos a projetos que vão ser sancionados nesta semana. Ainda hoje, ele pode sancionar o projeto de lei sobre violência doméstica. Neste caso, não há até aqui sugestão de veto. O texto é de autoria da deputada Maria do Rosário. O Planalto tem até quinta-feira para sancioná-lo.
Em março, após retorno da viagem com o presidente aos Estados Unidos, mais de 20 pessoas que estavam na comitiva presidencial foram diagnosticados com coronavírus.