
O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o candidato do PT aparecem empatados tecnicamente na nova pesquisa feita pela Futura Consultoria e encomendada pelo Banco Modal. O levantamento, divulgado na sexta-feira (23), aponta que o atual chefe do Executivo possui 39,2%% das intenções de voto, e o petista, 39,1%.
Já na pesquisa espontânea, quando não é apresentada uma lista dos candidatos, Lula aparece com 41,1%, e Bolsonaro com 40,1%. No segundo turno, Lula soma 47% contra 44,4% do atual presidente.
Quanto ao índice de rejeição, 42,2% afirmaram que não votariam em Bolsonaro, e 40,6% garantiram que não apoiariam o petista.
A pesquisa entrevistou 2 mil pessoas entre 19 a 21 de setembro de 2022.
Na sequência aparecerem Ciro Gomes (PDT) com 6,6% e Simone Tebet (MDB) com 6,1%. Já na pesquisa espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos, o resultado se inverte: Lula está na frente com 41,4% e Bolsonaro tem 40,1%.
O levantamento ouviu 2 mil pessoas, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos e confiabilidade de 95%. As entrevistas foram realizadas de 19 a 21 de setembro último. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-02650/2022.
De acordo com José Luiz Orrico, diretor do Futura Consultoria, a diferença entre os dois cenários se deve ao eleitor não lembrar dos outros candidatos na pesquisa espontânea.
“Nesta eleição está ocorrendo um fato incomum, os líderes terem menos votos quando estimulamos os eleitores com cartelas do que têm quando se pergunta em quem o eleitor vai votar sem a estimulação. E, na nossa pesquisa, tanto Lula quanto Bolsonaro têm menos intenção estimulada do que espontânea. Na nossa avaliação, o eleitor espontaneamente só lembra de dois candidatos, por isso, quando é estimulado, ele acaba trocando o voto. Nesse caso, especialmente, o Lula perde mais entre a espontânea e a estimulada que Bolsonaro e, isso, é que faz eles trocarem de posição”, explica.
A pesquisa também apontou que 45,2% dos eleitores temem a continuação do atual governo de Jair Bolsonaro e 42,9% receiam a volta do PT ao poder. Quase 60% dos entrevistados também afirmaram que votariam nessas eleições mesmo se não fosse obrigatório votar.