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Vizinhos querem saída do casal que atirou em advogado

O Condomínio Life Ponta Negra comunicou por meio de nota, nesta terça-feira (22), que pediu à Justiça a saída do casal de moradores, Jussana Machado e Raimundo Nonato Machado, por comportamento violento e antisocial. Os dois agrediram a babá do filho do advogado Ygor Colares, que acabou levando um tiro na perna ao tentar apartar a briga, na última sexta-feira (18), no estacionamento do residencial,

A assessoria jurídica do condomínio recorreu o Poder Judiciário para que o casal, que está preso, seja liminarmente afastado do convívio social no âmbito do condomínio, até decisão judicial definitiva, que deve ser tomada após a realização da assembleia agendada para o fim do mês. 

A assessoria do Life Ponta Negra informa que considerou a gravidade das agressões, o nível da violência praticada pelos ofensores, o disparo de arma de fogo, que colocou não só em risco a vida da vítima, mas de toda a coletividade condominial, além da insegurança instaurada no lugar. 

Caso antigo

O condomínio afirmou ainda que há um mês e meio, tanto o casal quanto o advogado e a babá procuraram a administração do local para reclamar de ofensas verbais. 

Segundo o condomínio, nenhuma das partes apresentou qualquer tipo de prova dos fatos narrados. Na ocasião, o advogado teria informado que o caso já estava sendo tratado na esfera penal, por ter registrado boletim de ocorrência.

Segundo relato da assessoria do Life Ponta Negra, Já no dia 13 de julho houve um princípio de confusão entre os vizinhos, o que resultou em uma reunião realizada na administração do condomínio, quatro dias depois, no dia 17 daquele mês.

Na ocasião, houve mediação e a situação havia sido resolvida com os dois lados se comprometendo a não dirigir mais a palavra ao outro.

Defesa alega legítima defesa

A defesa de Jussana de Oliveira Machado, que atirou no advogado e está presa, informou  que ela havia registrado denúncia e obtido Boletim de Ocorrência contra o advogado por ameaça em julho deste ano.

Segundo Adalberto dos Santos, Jussana também protocolou uma petição na OAB-AM (Ordem dos Advogados do Brasil Secção do Amazonas) relatando que foi ameaçada de morte pelo advogado.

No relato à OAB-AM, Jussana contou que estava voltando do massagista quando foi abordada pelo advogado. No documento, ela pede a apuração das supostas irregularidades praticadas por Ygor Colares. No mesmo dia, Jussana registrou denúncia de ameaça no 8º DIP (Distrito Integrado de Polícia).

Como tudo começou

“O início dessa desavença foi a babá [do filho de Ygor] incomodada com o cachorro da condômina. Depois, se incomodou com o som. Depois, se incomodou com a vida da condômina. Depois começou a espalhar uma fama dela [da Jussana] pelo condomínio com as outras empregadas domésticas, o que gerou diversos comentários sobre a vida dela”, disse Adalberto dos Santos, advogado de Jussana e do marido dela, o policial civil Raimundo Nonato Monteiro Machado, que deu arma para a esposa atirar no advogado e que também está preso.

“Os procedimentos da defesa vão ser os previstos em lei. Vamos pedir a revogação das prisões preventivas. Ela tem uma filha menor, ela tem tratamento. Então, tudo a gente vai trabalhar conforme previsto em lei”, disse Adalberto.

Ygor Colares negou as acusações feitas por Jussana. “Eu desconheço qualquer boletim de ocorrência que ela tenha feito contra mim e registro na OAB. Pelo contrário. Fui eu quem fiz o boletim de ocorrência com a Cláudia contra ela por ameaça. Não houve nenhuma ameaça por minha parte, não. Eu desconheço isso. A única coisa que eu já tinha pedido a eles era que parassem de perseguir a minha família e a babá do meu filho”, disse.

OAB

O presidente da Comissão de Direito e Prerrogativas da OAB-AM, Alan Johnny Feitosa da Fonseca, informou que a ação aberta por Jussana Machado contra Ygor Colares foi encaminhada ao setor de conciliação da entidade. Alan Johnny disse ainda que não há provas de que ocorreram as ameaças, pois as câmeras de segurança não possuem áudio.

O processo disciplinar 04.0000.2023.009736-6, aberto contra o advogado, tramita em sigilo e apura “suposta conduta incompatível com a advocacia”.

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