
De acordo com a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, durante reunião com a comitiva do PT na última segunda (17), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, falou sobre a possibilidade de prisão por assédio eleitoral. A fala de Moraes foi dita após denúncias feitas por Paulinho da Força, apoiador de Lula, contra empresários.
Segundo a coluna do jornal paulista, Paulinho teria dito ao ministro que recebeu uma série de denúncias de trabalhadores que estariam sendo constrangidos a votar no presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao que Moraes respondeu: “Na hora que prender dois ou três, eles param rapidinho”.
Ontem (19), Moraes afirmou que o assédio eleitoral no ambiente de trabalho é crime e será combatido pela Justiça Eleitoral nas eleições.
Durante sessão do TSE, ele informou ter se reuniu com representantes do Ministério Público Eleitoral (MPE) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) para tratar do problema – funcionários induzidos a votar em determinados candidatos, no caso o presidente e candidato a reeleição Jair Bolsonaro (PL).
Segundo Moraes, o assédio está ocorrendo abertamente pelas redes sociais, por meio de ameaças de demissão, declarações sobre fechamento após as eleições, além de casos de tentativa de retenção de documentos.
Para o presidente, o eleitor deve ter liberdade para escolher seus candidatos sem inferências ilícitas. “O assédio moral é crime e como crime será combatido. Aqueles que praticarem o crime, não só responderão civilmente, como penalmente também.
De acordo com o MPT, foram registradas nestas eleições 440 representações envolvendo assédio eleitoral contra trabalhadores. O número correspondente ao dobro registrado nas eleições de 2018.