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Moraes diz que encontro com Galípolo tratou da Lei Magnitsky 

Alexandre de Moraes afirmou, em nota divulgada nesta terça-feira (23), que manteve reunião com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para discutir os efeitos da Lei Magnitsky, aplicada contra ele e membros de sua família pelo governo dos EUA. Nesta terça-feira (23), o senador Alexandre Vieira colherá assinaturas para criar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o envolvimento de Moraes e o banco Master.

“O ministro Alexandre de Moraes esclarece que, em virtude da aplicação da Lei Magnitsky, recebeu para reuniões o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil, o Presidente e o vice-presidente Jurídico do Banco Itaú. Além disso, participou de reunião conjunta com os Presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeira, da Febraban, do BTG e os vice-presidentes do Santander e Itaú. Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito”.

No entanto, Moraes teria procurado ao menos quatro vezes o presidente do BC para interceder em favor do Banco Master, de Daniel Vorcaro. Dos quatro encontros, três teriam sido presenciais e um por telefone.

O contrato renderia ao escritório da mulher de Moraes pagamentos de R$ 3,6 milhões mensais e incluía a defesa dos interesses do Banco Master em diversas instituições, inclusive o Congresso Nacional e o Banco Central.

Em julho deste ano, Moraes teria pedido um encontro com Galípolo e solicitado que o chefe do Banco Central aprovasse a operação com o BRB. Moraes teria dito que gostava de Vorcaro.

Galípolo teria dito a Moraes que a autarquia, responsável pela regulação do sistema financeiro, já havia descoberto fraudes na operação do Master. Moraes teria concordado que, havendo fraude, seria inviável a operação de venda.

Na entrevista coletiva de final de ano concedida na última quinta-feira (18), na sede do Banco Central, Galípolo aproveitou uma pergunta sobre o Master para dizer que ele “em especial” está à disposição do Supremo para prestar todos os esclarecimentos sobre a investigação da autarquia sobre a fraude nos créditos repassados ao BRB.

“Eu em especial, como presidente do Banco Central, estou à disposição pra ir lá prestar todo tipo de suporte e apoio ao processo de investigação”, disse Galípolo.

Em outro trecho na fala sobre o Master, Galípolo afirmou que todas as movimentações no caso estão registradas. “Documentamos tudo. Cada uma das ações que foram feitas, cada uma das reuniões, cada uma das trocas de mensagens, cada uma das comunicações, tudo isso está devidamente documentado”.

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