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Morte de Caroline Bittencourt: o que se sabe até agora

O marido dela, Jorge Sestini, por homicídio culposo – quando não há intenção de matar.

A morte da modelo Caroline Bittencourt é investigada pela Polícia Civil. Nesta segunda-feira (6), cerca de uma semana após o acidente, o delegado responsável pelo inquérito informou que vai indiciar o marido dela, Jorge Sestini, por homicídio culposo – quando não há intenção de matar.

O que aconteceu?

A modelo Caroline Bittencourt morreu após cair da lancha onde estava com o marido, em Ilhabela. O acidente ocorreu enquanto eles velejavam pelo canal de São Sebastião no dia 28 de abril. Um vendaval, com ventos de mais de 120 km/h, atingiu o litoral norte na ocasião. O corpo dela foi achado no dia seguinte, perto da praia das Cigarras São Sebastião.

Como aconteceu?

A polícia investiga detalhes sobre a dinâmica do acidente, que teve como única testemunha o marido de Carol, o empresário Jorge Sestini. Segundo nota publicada pela filha da vítima, a modelo e dois cachorros caíram na água levados pela força do vento. O marido pulou na água para tentar resgatá-la, mas ela não aguentou se manter nadando.

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Que horas ocorreu?

Carol Bittencourt caiu na água por volta de 17h, horário em que o vendaval atingiu o litoral norte. O retorno dela e de Jorge à marina em São Sebastião, onde encerrariam a viagem de fim de semana ao arquipélago, estava previsto para 17h30.

Às 17h15, Lenildo de Oliveira, o dono da marina, disse que tentou contato com Jorge e que ele não respondeu mais. A última comunicação entre eles foi às 15h44 do dia do acidente, quando Jorge respondeu agradecendo um alerta sobre mau tempo.

Como o marido de Caroline sobreviveu?

Após nadar por cerca de três horas no mar revolto, com ‘grandes ondas’, conforme relatou à polícia no registro do boletim de ocorrência, Jorge foi encontrado por um marinheiro que velejava pelo canal. Esse marinheiro contou, em depoimento, que ouviu um grito de Jorge e o localizou na escuridão – já tinha anoitecido. Ele foi socorrido em estado de choque.

Quem já prestou depoimento?

Dois depoimentos foram oficialmente colhidos pela Polícia Civil no inquérito aberto para investigar a morte da modelo. O primeiro foi o do dono da marina Lemar, Lenildo de Oliveira. No mesmo dia, na segunda-feira (6), foi ouvido na delegacia em São Sebastião o marinheiro responsável pelo resgate de Jorge, Matias Gomes.

Por que a polícia vai indiciar o marido por homicídio não intencional?

Após os dois primeiros depoimentos e coleta de provas, o delegado Vanderlei Pagliarini considerou que houve “negligência” de Jorge Sestini. Isso porque uma conversa no WhatsApp, apresentada por Lenildo à polícia, mostra que o marido confirmou ter recebido o alerta de mau tempo e, mesmo assim, lançou-se ao mar. Além disso, os coletes salva-vidas foram encontrados com a embarcação naufragada e o corpo da modelo estava sem o equipamento de segurança.

Quando Jorge Sestini será ouvido pela polícia?

Uma carta precatória, com ordem para o interrogatório de Jorge, foi expedida pelo delegado para que ele preste depoimento na capital. Ainda não há data agendada para a oitiva. Na ocasião, o empresário vai ser informado formalmente sobre o indiciamento. Ele não quis comentar o assunto.

Onde está a embarcação que levava o casal?

Achada no dia seguinte ao acidente, abandonada à deriva por Jorge quando ele saltou para tentar resgatar Caroline, a lancha de 5 metros (17 pés) virou e afundou. Ela foi encontrada em Caraguatatuba, a cerca de 16 quilômetros de onde Carol caiu. Rebocada, a lancha está na marina Le-Mar, onde foi periciada pela Marinha.

Quais os próximos passos da investigação?

O inquérito não tem prazo definido para ser concluído, mas a expectativa do delegado é que seja nos próximos dias. Ele aguarda o interrogatório de Jorge e pediu à Marinha todos os documentos da embarcação e da licença do marido para conduzir a lancha.

A Marinha afirmou apenas que não havia nenhuma irregularidade administrativa envolvendo o veículo e o condutor. O laudo necroscópico também é aguardado para confirmar a morte de Caroline por afogamento.

Por que além da polícia, a Marinha também investiga o ocorrido?

São dois inquéritos. Um deles, o da polícia, investiga a eventual responsabilidade criminal pela morte da modelo. Já o procedimento da Marinha, apura a dinâmica do acidente no mar e questões administrativas, como as licenças da embarcação e do condutor. Não há prazo para conclusão de ambos.

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