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Mortes em desabamento de prédios no RJ chegam a 11

Corpo de uma mulher adulta foi encontrado nos escombros na manhã desta segunda-feira; treze pessoas continuam desaparecidas.


Cão farejador auxilia na busca de possíveis vítimas em meio aos escombros após desabamento de prédios em Muzema, no Rio de Janeiro  (Leo Correa/AP)

O corpo de uma mulher adulta foi localizado pelo Corpo de Bombeiros na manhã desta segunda-feira, 15, entre os escombros dos dois prédios que desabaram na comunidade da Muzema, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na última sexta-feira. No início do quarto dia de buscas, foram confirmadas onze mortes e há a estimativa de que treze pessoas estejam desaparecidas. Dez pessoas foram retiradas dos escombros com vida.

Uma equipe de mais de 100 militares da corporação atua nas buscas. Cães farejadores, drones, helicópteros e ambulâncias estão no local para auxiliar o trabalho dos Bombeiros. Edifícios próximos seguem interditados e, de acordo com o secretário municipal de Infraestrutura e Habitação, Sebastião Bruno, ao menos três deles devem ser demolidos.

As obras dos dois edifícios que desabaram eram irregulares e estavam formalmente embargadas desde novembro, segundo a administração do prefeito Marcelo Crivella (PRB). No entanto, como a própria Prefeitura reconheceu em nota, Muzema é área “controlada por milícia”, os grupos paramilitares formados, em sua maioria, por ex-policiais militares que dirigem e exploram bairros inteiros da cidade.

Em virtude da atuação dos milicianos, que, de acordo com especialistas, não isenta a gestão municipal de nenhuma responsabilidade sobre o ocorrido, a fiscalização era dificultada e pessoas continuavam a viver no local. Moradores pagavam cerca de 100 reais por mês à milícia para viver no condomínio.

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