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Mortes em presídios do AM foi motivada por Zé Roberto, diz PC

Segundo a polícia civil a briga pela sucessão na liderança da FDN, aconteceu após o quadro de saúde de “Zé Roberto” se agravar dentro do presídio federal onde cumpre pena.


José Roberto Fernandes Barbosa (Zé Roberto FDN)
Foto: Divulgação

O balanço da operação “Guará”, deflagrada na última sexta-feira (26), e apresentada nesta quinta-feira (1), pela Polícia Civil do Amazonas, resultou na prisão de 17 pessoas.

Elas foram presas por participação nas mortes dentro de presídios do Amazonas nos dias 26 e 27 de maio deste ano. A motivação dos crimes segundo a polícia, é o domínio do poder da facção criminosa Família do Norte (FDN).

A briga pela sucessão na liderança da FDN, segundo a PC, se deu após o quadro de saúde de “Zé Roberto” se agravar dentro do presídio federal. No último ano, o narcotraficante teve dois acidentes vasculares cerebrais (AVCs), e também sofre com glicose alta. O risco eminente de morte do líder mobilizou outros integrantes da facção pelo domínio da organização, entre eles o então comparsa de crime, João Pinto Carioca, o “João Branco”.

Os irmãos de Zé Roberto ao perceberem a mobilização de João Branco trataram de tramar a morte de Magnata, desencadeando assim o racha dentro da facção. Magnata foi levado até o Piauí, sequestrado e torturado. Ele foi obrigado a fazer um vídeo, que se tornou um salve dentro da facção, e depois morto. O corpo dele foi encontrado com sinais de tortura, no povoado de Cana Brava, na cidade de Caxias, no Maranhão.

Após a morte, a guerra se ascendeu e culminou com os assassinatos registrados nos presídios do Amazonas neste ano. Esta é a apenas a primeira fase da operação. Segundo os delegados envolvidos no caso, a investigação continua e novas fases devem ser deflagradas em breve.

A operação Guará deflagrada após o massacre foi realizada em quatro estados diferentes, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Santa Catarina, onde a organização criminosa tem tentáculos.

Maria Cleia Fernandes Barbosa, 48, e Charles dos Santos Rodrigues, o “Bebê da Compensa”, irmãos de “Zé Roberto”, são mentores das execuções dentro dos presídios, além de ordenarem a morte do traficante, Magdiel Barreto Valente, que era conhecido como “Magnata” e apontado como sucessor do líder da FDN.

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