Cerca de 50% dos 80 mil motoristas e motociclistas por aplicativos que atuam em Manaus cruzaram os braços em busca de melhores condições de trabalho
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Centenas de motoristas de carros e condutores de motocicletas por aplicativo paralisaram as suas atividades nesta segunda-feira (15), em Manaus. Eles se concentraram na Avenida do Samba, ao lado do Sambódromo com faixas e cartazes pedindo taxas maiores de faturamento e medidas de segurança das plataformas.
A principal reinvindicação dos motoristas é o reajuste da tarifa mínima para R$ 10 e o aumento do trecho rodado para R$ 2.
A paralisação do serviço não é total e as estimativas do sindicato da categoria é que mais da metade dos profissionais estão parados.
Durante o dia, alguns passageiros do serviço conseguiram o transporte, outros tiveram dificuldades e muitos preferiram não se arriscar.
De acordo com o presidente do sindicato dos motoristas de aplicativo de Manaus, Alexandre Matias, cerca de 70% da categoria participa da manifestação (ouça o áudio abaixo).
A mobilização ocorre em várias capitais do país. Na capital amazonense, motoristas também também se reuniram na Bola do Produtor, na Zona Leste da cidade, uma das mais populosas da capital amazonense. Eles protestaram contra colegas que “furaram” a paralisação.
Os motoristas também querem fotos do passageiro na solicitação da corrida, psicólogo após assalto, assessoria jurídica após assalto, valor pelo cancelamento de R$ 5, tempo de espera de 3 minutos, auxílio funeral e o valor da taxa mínima a R$ 12.
Mobilização
Cerca de 50% dos 80 mil motoristas e motociclistas por aplicativos que atuam em Manaus cruzaram os braços em busca de melhores condições de trabalho.
Atualmente, as plataformas cobram uma taxa média de 30% o valor da corrida e a quilometragem custa cerca de R$ 1. Ou seja, uma corrida de 10 quilômetros, ao valor de R$ 10, terá uma taxa de R$ 3 para o administrador do aplicativo. Os motoristas pedem o dobro por quilômetro, ou seja, R$ 2, para compensar o aumento dos custos para manutenção do veículo.
Os preços praticados atualmente, em conjunto com as taxas do aplicativo, tornou difícil a atividade. Na busca de uma renda melhor o motociclista, José Thomé da Cruz concilia o trabalho no app com a atividade de mototaxista, mesmo com atuando em duas frentes, segundo ele, “não está dando para sustentar a família e nem a moto”.
“Quando uma moto dessa quebra, nós gastamos de mil a mil e quinhentos reais. As corridas não estão suprindo a nossa necessidade. A Uber, a 99,o Indrive estão só ganhando nas nossas costas, ficando rico, enquanto isso está trabalhando dobrado para ganhar pouco dinheiro”, disse Borges que é contra a estipulação de um salário para os motoristas por acreditar que não seria possível suprir despesas a depender valor.
Greve nacional:
Embora seja válida para todo o Brasil, a greve não implica na adesão total dos motoristas da categoria. Isso significa que é possível solicitar os serviços do restante do percentual que continuará em atividade.
Como a greve é uma iniciativa de cunho nacional, é esperado que todas as regiões do país registrem uma diminuição das atividades da categoria.


