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MP apura se falta de pagamento retém viaturas e afeta ronda da PM no Amazonas

A empresa, que presta serviços de locação e manutenção de veículos para órgãos estaduais, informou que os atrasos no pagamento, superiores a 90 dias, já somam mais de R$ 33,6 milhões

O MPAM (Ministério Público do Amazonas) instaurou um Inquérito Civil para apurar se há falta de pagamento pelo governo do Estado à Tecway Serviços e Locação de Equipamentos Ltda.”, que aluga viaturas e faz manutenção dos veículos da Secretaria de Segurança Pública.

Segundo o MPAM, a falta de repasse à empresa “estaria provocando a retenção dos veículos nos pátios da contratada em prejuízo da realização das atividades essenciais de patrulhamento da polícia ostensiva”.

O Procedimento nº 06.2024.00000692-9 foi publicado no diário oficial do MPAM na edição de sexta-feira (8) e assinado pelo promotor de justiça Armando Gurgel Maia, da 60ª Proceap (Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial).

De acordo com a Tecway, a dívida em aberto relacionada ao Contrato PM 006/2021 ultrapassa os R$ 8,8 milhões e está em atraso há três meses.

A empresa notificou formalmente a Polícia Militar e outros órgãos de fiscalização, como o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público, informando que, devido ao atraso nos pagamentos, será forçada a suspender os serviços.

Documento da empresa com o valores em atraso (Imagem: Divulgação/Tecway Serviços e Locação de Equipamentos Ltda)

Além disso, a empresa alega que os veículos locados não estão sendo levados para a devida manutenção, o que vem acarretando deterioração e depreciação dos bens, prejudicando tanto a empresa quanto a qualidade do serviço prestado.

“Assim sendo, a Tecway solicita que a Polícia Militar do Estado do Amazonas providencie o pagamento dos valores em aberto, informando na presente oportunidade, que os serviços ficarão suspensos até a regularização da situação, motivo pelo qual solicita na que os veículos sejam imediatamente entregues no pátio da Tecway”, diz comunicado da empresa ao MPAM.

O inquérito civil também investiga se as falhas administrativas e o não cumprimento das cláusulas contratuais podem configurar irregularidades que prejudiquem não só o serviço de segurança pública, mas também o patrimônio público.

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