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MP quer apurar uso de verba por parentes de ministro

Ministro Silvio Costa Filho está licenciado do seu 2º mandato como deputado federal, no qual era titular da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) -  (crédito: Zeca Ribeiro/Agência Câmara)

O Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas da União, apresentou uma representação para que a Corte de Contas apure o uso de verbas da Câmara para o abastecimento de carros de familiares do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, à época deputado federal.

No documento, assinado pelo subprocurador-geral Lucas Furtado, é citado que o gabinete de Costa Filho usou recursos públicos para encher os tanques da esposa, do pai, do irmão e da cunhada, de abril de 2022 a agosto de 2023.

A representação protocolada na última quarta-feira (10/1) pede que o TCU adote medidas para “investigar possíveis condutas atentatórias à moralidade administrativa e em desvio de finalidade no uso de verbas públicas para compra de combustíveis”.

O subprocurador ressalta que a compra de combustível para familiares, usando verba parlamentar, “atenta contra a moralidade administrativa e constitui evidente desvio de finalidade no uso de recursos públicos”.

“No caso noticiado, não houve interesse público a ser satisfeito, mas apenas o interesse privado do ministro e de seus familiares, que veio a ser custeado com o suado dinheiro do contribuinte”, diz um trecho do documento.

Os abastecimentos, como apontou o jornal O Globo, ocorreram enquanto Costa Filho ainda exercia seu mandato como deputado. Ao pedir o reembolso, o gabinete informou abastecimentos em 48 veículos diferentes no mesmo posto que somam R$ 105,1 mil.

Entre as placas apontadas, estão carros nos nomes de Cristiana Bezerra, mulher do ministro; do advogado Carlos Antonio da Costa, irmão dele; e do ex-deputado Silvio Serafim Costa, pai de Silvio Costa.

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