
Como parte do programa “MP + Seguro”, instituído pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) promoveu, nesta sexta-feira (29), dois cursos sobre inteligência artificial e cibersegurança. As instruções foram realizadas pela Assessoria de Segurança Institucional (Assinst), com apoio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), no Auditório Gebes de Mello Medeiros, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça.
O primeiro curso ocorreu das 9h às 12h, abordando o tema “Inteligência Artificial no Âmbito do MPAM”, com instrução a cargo do juiz federal Márcio André Lopes Cavalcante. Já o segundo, intitulado “Ciberameaças no Setor Público: Os Riscos Invisíveis ao Ministério Público”, foi ministrado pelo arquiteto de soluções do grupo NTSec, José Franco Júnior, das 14h às 17h.
As atividades reuniram servidores, residentes profissionais e estagiários do Ministério Público do Amazonas.
Durante o curso sobre inteligência artificial, o juiz Márcio André Lopes Cavalcante apresentou diversas ferramentas de inteligência artificial (IA) que podem ser utilizadas para otimizar o trabalho no MP — resumos de inquéritos e denúncias, transcrições de processos ou mesmo reconhecimento ótico de caracteres (OCR).
O especialista apresentou formas para utilizar um “GPT personalizado” — versão da plataforma de IA ChatGPT voltada a tarefas específicas —, como, por exemplo, para um parecer de audiência de custódia.
Curso vespertino
No segundo curso, intitulado “Ciberameaças no Setor Público: Os Riscos Invisíveis ao Ministério Público”, o arquiteto de soluções do grupo NTSec, José Franco Júnior, abordou desafios da proteção de dados e sistemas institucionais, destacando a necessidade de atualização constante e de preparo frente às ameaças digitais que atingem tanto usuários comuns quanto grandes órgãos.
Segundo o especialista, a conscientização é uma das ferramentas mais eficazes para prevenir danos. “O assunto de ciberameaças é muito importante, tanto para usuários quanto para servidores. Todos precisam estar preparados, porque esses ataques ocorrem e vão continuar ocorrendo. Por isso, é importante saber como agir em situações de vazamento de informações e manter práticas simples, como a troca periódica de senhas”, destacou José Franco.
Durante a exposição, foram apresentados casos reais de ataques e estratégias para reduzir riscos, como o uso de plataformas seguras, a criação de senhas mais complexas e a verificação frequente da exposição de credenciais em sites ou sistemas comprometidos.