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MPF pede afastamento do novo juiz da Vara da Lava-Jato

A procuradora Carolina Bonfadini de Sá, Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR), afirma que o juiz Eduardo Fernando Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, deve ser afastado da Lava-Jato.

Ela cita doação e assinatura eletrônica A integrante do MPF aponta que o magistrado segue, no Twitter, 37 pessoas, das quais 21 seriam políticos aliados do petista. Ela também diz que Eduardo Appio usou a assinatura “LUL22” no sistema eletrônico da Justiça Federal. O magistrado afirmou que não usa redes sociais.

“Essa procuradora trabalha em Ponta Grossa, nem atua em Curitiba. Abraçou uma espécie de caça às bruxas ideológica para se autopromover”, disse ele. “Ela está tentando pressionar o judiciário com base em fake news.”

O pedido foi apresentado ao próprio juiz. Caso ele não se afaste de suas funções na Lava-Jato, a petição será levada ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

No início desta semana, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) havia pedido ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) o afastamento de Eduardo Appio.

A representação ocorreu depois de o órgão afastar o juiz Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro.

“O MPF teve ciência em 28/02/2023, que deputados federais encaminharam requerimento ao diretor-geral da Polícia Federal para abertura de inquérito sobre a suposta doação eleitoral realizada pelo juiz para a campanha do presidente Lula. Entendemos que há quebra da imparcialidade do magistrado para julgamento dos feitos no âmbito da Lava Jato”, disse a procuradora Carolina Bonfadini, do MPF-PR.

Appio assumiu no início de fevereiro a titularidade da Lava Jato. Ele está na vaga deixada por Luiz Antônio Bonat, que em junho do ano passado foi eleito desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

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