Estudo aponta necessidade de avaliação quanto a uma eventual capacidade da variante surgida na região Norte do Brasil de contaminar pessoas que têm imunidade para a doença

Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Fiocruz, publicado no Virologist.org, nesta segunda-feira (18), aponta que uma paciente de 29 anos que se reinfectou com o novo coronavírus no Amazonas tinha anticorpos para a covid-19 dias antes de receber diagnóstico positivo para a doença pela segunda vez. O sequenciamento genético apontou que a reinfecção aconteceu com a cepa B1, nova variante identificada no estado.
Em março, a paciente recebeu a confirmação de infecção para a cepa P1, e, em dezembro, adoeceu novamente. Um teste rápido do tipo sorológico, para identificar a presença de anticorpos, apontou que a moradora tinha imunidade para a covid-19 dias antes. O estudo, de acordo com a Fiocruz, também não apontou problemas de imunideficiência na jovem. Ou seja, ela não tinha problema algum de saúde que gerasse baixa imunidade.
Novos estudos – Os pesquisadores apontam que apenas este caso não é o suficiente para dizer que todos os pacientes que já tiveram covid-19 podem ser reinfectados com esta nova cepa, ou se isso implica em prejuízos à eficácia das vacinas, mas destacam que novas avaliações devem ser feitas com urgência para entender a situação.
“Estudos urgentes são necessários para determinar se a reinfecção com linhagens emergentes que abrigam a mutação é um fenômeno generalizado ou está limitado a alguns casos esporádicos”, diz um trecho do artigo.
Fonte: Correio Braziliense