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Mundial de Clubes começa nesta quarta com Flamengo querendo ser protagonista

Competição será entre os dias 11 a 21 de dezembro no Catar, país-sede da Copa de 2022 . Saiba mais sobre os clubes que vão disputar o torneio


Mundial de Clubes: muito mais do que um possível Flamengo x Liverpool
Foto: Reprodução

“Rumo a Tóquio” já saiu de moda. Em Doha, capital do Qatar, sete clubes vão se enfrentar a fim de definir qual é o campeão do mundo no ano da bola de 2019, na final marcada para 21 de dezembro.

O Mundial de Clubes da Fifa começa nesta quarta-feira tendo o Catar como casa. O Al-Sadd, time da casa, encara o modesto Hienghène Sport, da Nova Caledônia, campeão da Oceania. Porém, os grandes destaques são o Liverpool da Inglaterra e o representante sul-americano, o Flamengo.

O Brasil volta ao torneio pela primeira vez depois de muitos anos com, para muitos especialistas, chances reais de ser campeão. Isso porque o Rubro-Negro, dirigido pelo técnico português Jorge Jesus, tem se aproximado ao que melhor se exige no futebol europeu.

Desde que o Corinthians derrotou o Chelsea na final de 2012 que o futebol brasileiro não chega com tão boas condições. Isso porque o Atlético-MG foi muito mal em 2013, caindo nas semifinais, e o Grêmio de 2017 não dava pinta de que poderia superar o Real Madrid, o que de fato não aconteceu.

“A nossa expectativa é a de um torneio muito empolgante, como sempre merece ser o Mundial de Clubes. Vai ser uma festa do futebol e acredito em uma edição marcada pelo equilíbrio. No ano passado se falava em final entre River Plate e Real Madrid e o River foi surpreendido. Isso mostra que estamos conseguindo tornar a competição realmente universal, que é o sentido desta disputa”, disse o italiano Giovanni Infantino, presidente da Fifa.

Além de Flamengo, Liverpool, Al-Sadd, Hienghène Sport, disputam o Mundial o Al Hilal, da Arábia Saudita, campeão da Ásia, o Esperance da Tunísia, campeão africano, e o campeão da Concacaf, o Monterrey do México.

Possíveis rivais do Fla na semifinal

Al-Hilal (Arábia Saudita)

Campeão asiático, o time da Arábia Saudita foi o último do técnico Jorge Jesus antes de o português se transferir para o Flamengo. O maior campeão do futebol local ganhou a Copa da Ásia no último domingo. Bateu o Urawa Reds, do Japão. O elenco conta com destaques como o francês Gomis (ex-Lyon), artilheiro do torneio continental, e o ataque italiano Giovinco (ex-Juventus).

O Flamengo guarda outra coincidência com o rival saudita. O meia colombiano Gustavo Cuéllar defende o Al-Hilal desde setembro deste ano. O elenco forma a base da seleção da Arábia Saudita e vários dos jogadores trabalharam com Jesus entre 2018 e 2019, quando o português foi o técnico do clube. Neste período, o Al-Hilal ganhou a Supercopa Saudita.

Esperánce Tunis (Tunísia)

Prestes a disputar o segundo Mundial consecutivo, o representante africano fracassou nas tentativas anteriores, ao ser eliminado logo na estreia. O maior campeão tunisiano completa cem anos em 2019 e tem uma história ligada aos brasileiros. Campeão mundial em 1962 com a seleção, o ex-atacante Amarildo dirigiu o clube na década de 1980. O treinador Cabralzinho também comandou a equipe nos anos 2000.publicidade

O elenco tunisiano tem poucos estrangeiros. A equipe conquistou vaga no Mundial de Clubes em final polêmica da Liga dos Campeões da África contra o Wydad Casablanca, do Marrocos. Após empate fora de casa no jogo de ida, o Esperánce decidia o título dentro de casa. Vencia por 1 a 0 até sofrer um gol de empate. Porém, o árbitro anulou o lance por impedimento. Os marroquinos exigiram a verificação da jogada no árbitro de vídeo, mas como a tecnologia estava com problema, a equipe se recusou a continuar a partida e deixou o gramado. Por isso, o Esperánce foi declarado campeão.

Possíveis adversários na decisão

Hienghène Sport (Nova Caledônia)

O vencedor da Liga dos Campeões da Oceania quebrou a hegemonia local dos times da Nova Zelândia. Com um elenco formado por amadores, a equipe entra no Mundial de Clubes na fase preliminar, em que terá de enfrentar o Al Sadd. O maior orgulho do futebol da antiga colônia francesa Nova Caledônia é ter revelado o ex-meia Christian Karembeu, campeão mundial com a França em 1998 e com passagem pelo Real Madrid.

Hienghene vai representar a Nova Caledônia e a Oceania

Al Sadd (Catar)

O atual campeão da Liga do Catar entra no Mundial de Clubes para representar a sede do torneio. O time forma a base da seleção nacional, que neste ano ganhou de forma inédita a Copa da Ásia. A principal estrela fica no banco de reservas. O ex-meia espanhol Xavi, ídolo do Barcelona, é o treinador do time desde maio deste ano. As estrelas do elenco são o também espanhol Gabi, meia com passagem pelo Atlético de Madri, e o meia Al Haydos, camisa 10 da seleção do Catar.

Monterrey (México)

O rico time mexicano estará pela quarta vez no Mundial de Clubes. O representante das Américas Central e do Norte tem como proprietário a Femsa, empresa multinacional de bebidas que controla parte da produção da Coca-Cola no país. O elenco tem jogadores com passagens por clubes europeus. Um dos destaques é o holandês Janssen, ex-Tottenham. Outros nomes conhecidos são o colombiano Pabón (ex-São Paulo), o lateral Layún e o goleiro Barovero (ex-River Plate).publicidade

Monterrey tenta fazer o futebol mexicano parar de fracassar em Mundiais

Monterrey tenta fazer o futebol mexicano parar de fracassar em MundiaisFoto: Monterrey/Divulgação / Estadão

Liverpool (Inglaterra)

O poderoso time inglês ganhou a Liga dos Campeões e é o favorito a ganhar a taça. Comandado pelo técnico alemão Jürgen Klopp, o clube jamais ganhou o Mundial. O elenco tem estrelas como o goleiro Alisson, o zagueiro holandês Virgil Van Dijk e os atacantes Mohamed Salah e Sadio Mané. O obstáculo para o Liverpool será conciliar a disputa do torneio no Catar com a Copa da Liga Inglesa. A diretoria já avisou que vai dividir o grupo, porém não revelou qual deles é prioridade.

HISTÓRIA: O MUNDO ENTROU EM 2000

Entre 1960 e 1999 o Mundial de Clubes era disputado apenas entre representantes da Europa e da América do Sul. Até 1979 era um jogo na América do Sul e outro na Europa. A partir de 1980, como ganhou o patrocínio de uma fábrica japonesa de automóvel, o torneio passou a ser disputado em um único jogo no Japão, conhecido como Copa Toyota. Até então a Fifa não dava seu aval e não considerava a taça como oficial.

Diante disso, em 2000, a entidade máxima do futebol mundial decidiu organizar o torneio, dessa vez com a presença de todos os continentes e a sede inicial foi o Brasil. O Corinthians ficou com a taça após bater o Vasco numa final brasileira, mas os europeus, que já não curtiam o modelo anterior, passaram a boicotar a competição, que sofreu para conseguir uma segunda edição em 2005.

E foi em 2005 que a Fifa, colocando muito dinheiro para atrair os europeus e escolhendo o Japão como sede para não criar maiores problemas com o antigo patrocinador e acabar com o modelo anterior, conseguiu se considerar a dona do Mundial de Clubes, que passou a levar seu nome. Em troca a entidade passou a considerar como oficial as conquistas desde 1960 e deu mais ânimo aos participantes.

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