A ex-primeira-dama do Amazonas é um dos alvos da quinta fase da Operação Maus Caminhos, que investiga desvio milionários da Saúde do Estado
A prisão da esposa do senador e ex-governador do Amazonas Omar Aziz, Nejmi Aziz, foi mantida após realização de audiência de custódia na tarde desta quarta-feira (31). A informação foi confirmada pela defesa da ex-primeira dama. Ela foi presa pela segunda vez nesta manhã pela Polícia Federal.
Ela é um dos alvos da quinta fase da Operação Maus Caminhos, que investiga a prática de crimes de corrupção passiva, lavagem de capitais e existência de uma organização criminosa que desviou recursos milionários da Saúde.
O juiz federal titular da 2 ª Vara Federal, Marllon Souza, foi quem determinou o retorno da ex-primeira-dama para a prisão. Segundo o magistrado, Nejmi Aziz precisa cumprir sua prisão temporária – decretada no dia 19 de julho – pelo prazo restante de dois dias. A esposa do senador do Amazonas deve ficar no CDPF até a madrugada desta sexta-feira (2).
Segundo a Seap, a esposa do senador Omar Aziz passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e foi conduzida para o Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF), localizado no quilômetro 8 da BR-174 (Manaus-Boa Vista).
A defesa de Nejmi informou que já deu entrada em um habeas corpus para a liberação da esposa do senador.
Nejmi algemada durante o trajeto justiça – cadeia
Esta foi a segunda vez em 12 dias que Nejmi foi presa. Ela e os três irmãos do senador Aziz foram detidos pela primeira vez no dia 19 de julho durante a Operação Vertex, da Polícia Federal. Dois dias depois, no domingo (21), ela foi liberada do sistema prisional.
No dia 24 de julho, ela compareceu à sede da Polícia Federal para prestar depoimento. O teor dos esclarecimentos não foi divulgado até o momento.
Operação Vertex
A ex-primeira dama é investigada pela Polícia Federal na Operação Vertex pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de capitais e organização criminosa.
Segundo a PF, Nejmi e outros alvos – entre eles, irmãos do senador Omar Aziz – recebiam entregas de dinheiro em espécie ou em negócios simulados ou superfaturados, a fim de ocultar a entrega de valores dissimulados por meio de contratos de aluguel e de compra e venda.