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Nejmi, Murad, Mansour e Amin Aziz são presos pela PF pela “Maus Caminhos”


Ex-primeira-dama é alvo da operação Vertex, que investiga a prática de crimes de corrupção passiva, lavagem de capitais e organização criminosa. Família ainda não se manifestou.


A ex-primeira-dama do governo Nejmi Aziz foi presa pela Polícia Federal (PF) no Amazonas
Foto: Divulgação

A ex-primeira-dama do governo Nejmi Aziz
e três irmãos dele (Murad Aziz, Mansour Aziz e Amin Aziz) foram presos pela Polícia Federal (PF) no Amazonas, durante a Operação VERTEX, uma nova fase da Operação Maus Caminhos, que investiga a prática de crimes de corrupção passiva, lavagem de capitais e pertinência a organização criminosa.

Nejmi é vice-presidente estadual do PSD-AM e nas últimas eleições concorreu ao cargo de deputada estadual, mas não foi eleita. Seu marido, Omar Aziz, foi governador do Amazonas entre os anos de 2010 e 2014. Desde 2014 ele ocupa vaga no senado. Em 2018 Omar tentou a reeleição ao governo, mas terminou em quarto lugar.

Murad já havia sido preso em outubro de 2018 na Operação Cashback, outro desdobramento da Operação Maus Caminhos. Ele é investigado por tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

Segundo inquérito da PF, ele era um dos responsáveis por coletar vantagens indevidas de instituições que prestação serviços de saúde ao governo  do Amazonas.

A operação deflagrada hoje foi batizada de Vertex, mas ela é um desdobramento da Operação Maus Caminhos, que apura desvios milionários de recursos federais destinados a políticas de saúde no Amazonas. O esquema, segundo as investigações, funcionava a partir da contratação de instituições para a execução de serviços de saúde que eram superfaturados.

As investigações apuraram que houve pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos ao longo dos anos em que o esquema esteve em funcionamento.

Ao todo são cumpridos nove mandados de prisão temporária, 15 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de bloqueios de contas de pessoas físicas e jurídicas (de aproximadamente 92,5 milhões de reais), sete mandados de sequestro de bens móveis e imóveis, expedidos pela Justiça Federal.

Entre as vantagens indevidas de que se tem suspeita, teria havido entregas de dinheiro em espécie ou por meio em negócios simulados ou superfaturados, a fim de ocultar a entrega de dinheiro dissimulado por meio de contratos de aluguel e de compra e venda.

A operação foi executada pela Polícia Federal nos Estados do Amazonas, Brasília e São Paulo. Será concedida coletiva de imprensa, às 10 horas, no Auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal no Amazonas.

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