Cheia histórica chega ao fim, mas proporção da vazante ainda é imprevisível, diz especialista
O Rio Negro parou de subir no dia 5 de junho, estabilizou na cota máxima de 30 metros e começou a vazante, nesta segunda-feira (14), com 1 centímetro abaixo da marca histórica.
De acordo com o Porto de Manaus, nas últimas 24h o rio baixou 1 centímetro, marcando 29,99m.
Segundo especialistas, o rio começa a secar, mas não se sabe exatamente a intensidade, considerada imprevisível. Ténicos da CPRM descartam a relação de uma grande cheia com uma possível estiagem severa em seguida, o que depende exclusivamente do nível das chuvas.
Essa proximidade entre os fenômenos extremos ocorreu mais nitidamente entre 2009, na primeira cheia histórica deste século – que superou a cota de 1953 -, e 2010, quando o Rio Negro atingiu a cota mínima histórica em 24 de outubro, ao atingir a marca de 13,63 metros. Extremos diretamente influenciados por fenômenos climáticos nos oceanos Pacífico e Atlântico, de acordo com pesquisadores.
A gerente de Hidrologia do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Jussara Cury, reforça que uma grande cheia não gera, necessariamente, uma grande estiagem.
“Vai depender do regime de chuvas. O Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia) sinalizou que teremos um período de pouca chuva em junho, mas é cedo para avaliar a recessão das águas. Como está muito cheio vai demorar um pouco para gente notar a recessão”, disse.
Nos anos das duas últimas cotas recordes do rio (2009 e 2012), as estiagens foram brandas, com cotas mínimas acima dos 15 metros, o que se mantém desde 2011. Antes de 2010, as cinco maiores vazantes aconteceram em: 1963 (13,65m), 1906 (14,20m), 1997 (14,34m), 1916 (14,42m) e 1926 (14,54m).
Assistência – Neste ano, a Casa Militar, por meio da Defesa Civil, construiu mais de 10 mil metros de pontes e passarelas em 20 bairros da capital Amazonense. Aproximadamente 4 mil famílias foram beneficiadas com as construções que estão permitindo o acesso às casas neste período de cheia.
Fonte: Porto de Manaus