
A cota de profundidade do Rio Negro na orla de Manaus está em 14,9 metros nesta quinta-feira (5), divulgou o Porto de Manaus.
O nível do rio baixou 24 centímetros em dois dias. Foram 12 centímetros de vazante na quarta-feira e nesta quinta. Faltam 1,27 metros de vazante do rio para atingir a marca da seca histórica na capital amazonense.
No dia 24 de outubro de 2010 o nível da água ficou em 13,63 metros.
Pelo dados do CPRM (Serviço Geológico do Brasil), a cota atual de profundidade do Rio Negro é a 9ª mais baixa ao superar os 14,97 metros da seca de 1936 em Manaus.
A estimativa do órgão é que o rio atinja o ápice da vazante severa deste ano na segunda quinzena de outubro.
As maiores secas do rio Negro em Manaus registadas até hoje pelo CPRM:
1º) 13,63m (2010);
2º) 13,64m (1963);
3º) 14,20m (1906);
4º) 14,34m (1997);
5º) 14,42m (1916);
6º) 14,54m (1926);
7º) 14,74m (1958);
8º) 14,75m (2005);
9º) 14,97m (1936);
10º) 15,02m (2023);
11º) 15,03m (1998);
12º) 15,04m (1909);
13º) 15,06m (1995);
14º) 15,39m (1907).
Desde o início do mês a vazante do Rio Negro em Manaus desacelerou. No dia 1º baixou 20 cm e na sequência 17 cm e 15 cm antes de estabilizar nos dias 4 e 5 em 12 cm.
Um ritmo mais lento se comparado com as cotas da vazante em setembro, quando a água baixou, em média, mais 30 cm e registrou uma descida de 36 cm no dia 19.
Segundo o boletim da estiagem do Governo do Amazonas, até às 15h de quarta-feira (4) havia 40 municípios em situação de emergência, 19 cidades em alerta, 1 em atenção (Canutama) e 2 em normalidade (Presidente Figueiredo e Apuí).
No dia 29 de setembro, o governador Wilson Lima (União Brasil) decretou situação de emergência em 55 municípios do Amazonas afetados pela seca severa no estado.