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Nível do Rio Negro mais baixo confirma indícios de nova seca histórica

Depois da seca histórica de 2023, quando o nível do rio Negro atingiu 12,70 m, o recorde dos últimos 120 anos, a descida das águas deste ano confirma indícios de que esse número pode ser superado, se analisarmos a medição dos últimos dias.

De acordo com os dados do Porto de Manaus, o nível do rio Negro registrou nesta sexta-feira (02), 24,99 m, com uma descida de 10 cm em relação ao dia anterior. Ano passado, nesse mesmo dia, a cota marcou 26,66 cm, com queda de 7 cm. Ou seja, está 1,67 m abaixo do registrado em 2023.

Em comparação a outros dois anos, a diferença é ainda maior. Em 2022, no dia 2 de agosto, o nível do rio Negro chegou 26,14 m, com média de redução de 5 cm por dia. Naquele ano, a cota mais baixa foi de 16,22, no dia 29 de outubro.

Já em 2021, a cota estava em 26,74 m, com média de descida de 5 cm por dia. O nível mais baixo do rio chegou a 19,44, no dia 5 de novembro.

Cotas registradas no dia 2 de agosto nos últimos 4 anos

Seca no rio Solimões

A situação de descida não é exclusiva do rio Negro. O rio Solimões, que atravessa o Amazonas, também vive cenário de redução do nível das águas. Nesta sexta, os principais pontos de medição mostram a redução.

Em Itacoatiara, de acordo com o boletim da Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia (Proa Manaus), o rio Amazonas registrou 10,53 m. Em Tabatinga, 2,79 m. Em Santo Antônio do Içá, 5,24 m. E, em Coari, permaneceu em 13,31m, a mesma medição do dia 1º.

Estiagem no Amazonas

No último dia 24 de julho, o Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão federal que monitora a estiagem no país, classificou 18 cidades do Amazonas em situação de estiagem severa. Outros 31 municípios estão em estado moderado e 13 ainda em situação fraca.

De acordo com o Cemaden, estão em situação as cidades de Alvarães, Canutama, Carauari, Coari, Eirunepé, Envira, Humaitá, Ipixuna, Itacoatiara, Itamarati ,Itapiranga, Juruá, Lábrea, Pauini, Silves, Tapauá, Tefé, Uarini.

Mais de 10 mil pessoas já foram afetadas, e comunidades estão isoladas. O governo emitiu alertas para que a população estoque alimentos.

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