Seap informou que presos em operação da Polícia Federal que investiga suposto desvio na compra de respirados no AM irão sair do presídio até fim deste sábado, após cumprirem prisão temporária

Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou neste sábado (4) que as sete pessoas presas durante a operação Sangria, ganharam a liberdade, após os cinco dias de prisão temporária em presídios. A secretária de Saúde do Amazonas, Simone Papaiz, detida pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em esquema de compra de respiradores durante pandemia, será liberada do Centro de Detenção Provisório Feminino (CDPF). A secretária estava presa na unidade desde terça-feira (30), quando a PF deflagrou a Operação.
Junto da secretária de Saúde do Estado, também serão colocados em liberdade, com o fim do prazo da prisão temporária, o ex-secretário executivo adjunto de saúde, Perseverando da Trindade Garcia Filho e o empresário Cristiano da Silva Cordeiro, que serão liberados neste domingo (5), segundo a Seap.
Domiciliar – De acordo com a Seap, quatro pessoas presas na operação Sangriavão para prisão domiciliar: Fábio José Antunes Passos (dono da FJAP Importadora), João Paulo Marques dos Santos (ex-secretário de saúde), Alcineide Figueiredo Pinheiro (ex-gerente de compras da secretaria de saúde) e Luciane Zuffo Vargas de Andrade (dona da empresa Sonoar).
O Ministério Público Federal informou que solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a prorrogação da prisão temporária de quatro investigados, mas o pedido foi negado pelo ministro João Otávio de Noronha, que impôs prisão domiciliar aos envolvidos.
No requerimento, a subprocuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, argumentou que a coleta das provas relativa aos investigados detidos temporariamente foi iniciada, mas ainda não foi concluída, e pediu mais tempo para a conclusão de acareações e reinquirições no âmbito do inquérito.
Segundo o MPF, o ministro considerou a prisão domiciliar a alternativa mais adequada no momento, inclusive devido à pandemia da Covid-19 e seu alto grau de contaminação em presídios. No sistema prisional do Amazonas, pelo menos 100 detentos já foram infectados.
Pela decisão do ministro João Otávio de Noronha, fica determinada a “prisão domiciliar por cinco dias com proibição de qualquer tipo de relacionamento com o mundo exterior, saída sem prévia autorização, recebimento de visitas, salvo de seus advogados devidamente constituídos, contatos telefônicos ou por qualquer outro meio disponível e, especialmente, contato direto ou por interposta pessoa com os demais investigados no inquérito 1306/DF.”
Ainda de acordo com o ministro, o descumprimento dessas restrições durante o prazo fixado ensejará o imediato recolhimento do investigado a um estabelecimento prisional.