
Nos primeiros dez dias de julho, em Manaus, o Rio Negro já desceu 27 centímetros. Os dados são do Porto da capital, que monitora o ritmo de descida das águas. A cota do rio atingiu, nesta sexta-feira (12), 26,45 metros, uma queda de quatro centímetros em relação ao dia anterior.
O nível começou a cair no dia 23 de junho, quando registrou 26,84 metros. No dia, houve uma queda de 1 centímetro.
No entanto, a partir do dia 8 de julho, a diminuição do nível no rio se tornou ainda mais intensa: quatro centímetros menor em comparação com o dia anterior.
A previsão de que, em 2024, o Amazonas tenha uma seca severa nos mesmos moldes ou até pior do que o estado viveu no ano de 2023. Durante a estiagem severa, o Rio Negro alcançou o nível mais baixo dos últimos 120 anos.
Além do rio Negro, a seca atingiu outros rios da região. Ao todo, mais de 600 mil pessoas foram impactadas no estado, de acordo com o Governo do Amazonas.
A situação fez com que o Governo do Amazonas decretasse estado de emergência em 20 municípios por conta da seca dos rios. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado de quarta (10).
Muitas famílias ficaram ilhadas e sem acesso a recursos básicos, como alimentos e água potável.
O evento extremo também afetou a economia local. O escoamento de insumos produzidos na Zona Franca de Manaus foi prejudicado por conta da falta de navegabilidade.