
Notas fiscais “frias” que envolveriam a empresa Rico Táxi Aéreo podem comprometer o senador Eduardo Braga, com base nas delações premiadas do executivo Ricardo Saud, ex-diretor de relações institucionais do Grupo J&F e do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Ricardo Saud entregou a Polícia Federal notas fiscais “frias” que envolveria a empresa Rico Táxi Aéreo e, que segundo o próprio Saud, provariam o pagamento de propina. O senador usou os serviços da Rico voando nos aviões da aérea em suas viagens pelos municípios do interior do Amazonas.
Sérgio Machado, por sua vez, declarou ouvir em reuniões ocorridas na residência de Renan, “que o grupo JBS iria fazer doações ao PMDB, a pedido do PT, na ordem de R$ 40 milhões”. Parte desse recurso, cerca de R$ 5 milhões foram dados como propina a Eduardo Braga.
Agentes da PF estiveram na sede da empresa Rico Táxi Aéreo no Aeroporto de Manaus cumprindo mandado de busca e apreensão, na manhã desta terça-feira (5), e apreenderam documentos, notebooks e equipamentos.
O presidente da companhia área, Átila Yurtserver, foi intimado e prestou depoimento na sede da Superintendência da PF, Dom Pedro, na Zona Centro-Oeste. O senador Eduardo Braga foi intimado a prestar depoimento em Brasília.
Mandados de intimação e de busca e apreensão, assinados pelo ministro Edson Fachin, foram cumpridos durante toda a terça-feira. Fachin é relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga supostos pagamentos de propina do Grupo J&F, que controla a JBS, a parlamentares do MDB para apoiar o PT nas Eleições 2014.