
O Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, anunciou que conseguiu desenvolver um nova forma de testar e diagnosticar para Covid-19, que pode aliviar o gargalo de testagem no país.
A técnica, que utiliza a genética, tem a vantagem de conseguir processar mais de 1.500 amostras simultaneamente, acelerando o procedimento em até 16 vezes na comparação com o teste RT-PCR, considerado o “padrão-ouro”.
A tecnologia foi patenteada pelo hospital privado no Sistema Internacional de Patentes dos Estados Unidos, mas não deve ser exclusiva. A ideia é licenciá-la para outros laboratórios e para o governo federal para que o país inteiro possa fazer uso do sistema para ampliar a capacidade de testes do país.
Em relação a preços, o Einstein estima que ele não deve custar mais do que o exame RT-PCR, que hoje custa por volta de R$ 250 em vários laboratórios. O valor, no entanto, ainda não está definido.
Para desenvolver este sistema, o hospital adaptou uma outra tecnologia utilizada para detectar doenças a partir da leitura de DNA. Como o vírus contém apenas RNA em seu material genético, foi necessário ajustar o sistema para a realidade do Sars-Cov-2, o causador da Covid-19.
Por detectar diretamente o código genético do vírus, o hospital diz que essa técnica é 100% livre de falsos-positivos. Isso significa que ele nunca vai diagnosticar alguém como portadora do coronavírus por engano.
Como o RT-PCR, a técnica também é capaz de detectar a infecção desde o primeiro dia, mas não serve para diagnóstico retroativo, para quem desconfia que em algum momento pode ter contraído o vírus, mas que já não mais o tem no organismo.