
A taxa de desemprego subiu para 7,9% no trimestre encerrado em março, apontou o IBGE, com mais 542 mil pessoas buscando por uma vaga no mercado de trabalho e uma queda de 0,8% no contingente de ocupados. Ao todo, há 8,6 milhões de brasileiros em busca de uma oportunidade. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados nesta terça-feira (30).
O resultado indica um avanço da taxa de desemprego. No trimestre encerrado em dezembro, a taxa ficou em 7,4%.
Apesar da alta em relação à dezembro, o desemprego registra a menor taxa para para um trimestre encerrado em março desde 2014, quando chegou a 7,2%.
A queda na ocupação e o aumento da taxa de desemprego são fatores historicamente esperados no primeiro trimestre do ano. Isso porque é neste período em que ocorre a dispensa de trabalhadores temporários contratados no fim do ano, por exemplo.
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) do FGV Ibre subiu 1 ponto em março, para 79,5 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (79,8 pontos).
A população ocupada chegou a 100,2 milhões no 1º trimestre, o que representou uma queda de 0,8% em 3 meses (menos 782 mil pessoas). Na comparação com 1 ano antes, porém, aumentou 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas).
“A alta da desocupação na comparação trimestral foi puxada pelo aumento no número de pessoas em busca de trabalho, a chamada população desocupada, que cresceu 6,7% frente ao trimestre encerrado em dezembro de 2023, um aumento de 542 mil pessoas em busca de trabalho. Apesar da alta, a população desocupada permanece 8,6% abaixo do contingente registrado no mesmo trimestre móvel de 2023”, destacou o IBGE.