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Número de mortos sobe para 93 em incêndios no Havaí;vídeo

Incêndios reduzem cidade histórica a cinzas no Havaí e moradores fogem pelo  mar; ao menos 36 já morreram | Jovem Pan

Autoridades do Condado de Maui, no Havaí (EUA), informaram que o número confirmado de mortes nos incêndios que atingem a ilha subiu a 93. Em conjunto, é o mais letal nos Estados Unidos em mais de 100 anos.

O chefe da polícia do condado de Maui, John Pelletier, explicou que apenas 3% das áreas afetadas pelos incêndios foi inspecionada com cães farejadores e que as chamas causaram tantos estragos que apenas dois dos 93 corpos encontrados tinham sido identificados até o momento.

Os incêndios, que começaram na madrugada de terça-feira, afetaram ou destruiram mais de 2.200 estruturas no povoado costeiro de Lahaina, no oeste do Mauí, devastaram mais de 800 hectares em duas ilhas do arquipélago havaiano e obrigaram à retirada de milhares de pessoas, informou a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA). As perdas são estimadas em pelo menos US$ 5,5 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões na cotação atual).

Os incêndios começaram na madrugada de terça-feira e seu rápido avanço colocou em risco mais de 35.000 pessoas em várias localidades da ilha do Mauí, informou a Agência de Gestão de Emergências do Havaí.

O rápido avanço dos fogos colocou em risco mais de 35 mil pessoas em várias localidades da ilha de Mauí, informou a Agência de Gestão de Emergências do Havaí. E as críticas à resposta das autoridades aumenta a cada dia. Os moradores reclamam inclusive da falta de alertas sobre o risco dos incêndios, que deixaram dezenas de pessoas presas em cidades turísticas da região.

“A montanha atrás de nós pegou fogo e ninguém nos avisava”, reclamou Vilma Reed, de 63 anos.

Reed, que teve sua casa destruída, disse que sua família conseguiu fugir das chamas apenas com o que tinha no carro, perdeu tudo e agora depende de doações e da ajuda de estranhos para seguir em frente. “Esta é a minha casa agora”, disse, ao apontar para o carro onde dormiu com sua filha, seu neto e dois gatos nos últimos dias.

A Procuradora-geral do Havaí, Anne Lopez, anunciou neste domingo a abertura de uma investigação sobre como a crise foi gerenciada, e prometeu “uma revisão exaustiva da tomada de decisões críticas e das políticas em vigor” na região.

O governador do Havaí, Josh Green, do Partido Democrata, alertou que o número oficial de mortos, infelizmente, deve aumentar: “Vai continuar aumentando. Queremos preparar as pessoas para isso”.

Este é o incêndio mais letal nos Estados Unidos desde 1918, quando 453 pessoas morreram em Minnesota e Wisconsin, de acordo com a ONG Associação Nacional de Proteção contra Incêndios.

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