
Senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouvem, na manhã desta terça-feira (25), a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, médica Mayra Pinheiro.
A sessão teve início por volta das 9h45 (horário de Brasília), mas foi suspensa em seguida pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), devido à falta de quorum. Os trabalhos foram retomados cerca de 10 minutos depois.
Questionada pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), a secretária afirmou que nunca recebeu ordem do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello ou do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para defender o uso da cloroquina.
Mayra Pinheiro afirmou que não sabe quem foi o responsável por ordenar ao Exército que ampliasse a produção de cloroquina em função do uso elevado do medicamento sem eficácia no tratamento de pacientes da Covid-19. “Eu não sei dizer quem ordenou, o ministro Mandetta deveria saber. Eu não sei informar”, disse.
Sobre a crise sanitária em Manaus, na qual a secretária esteve à frente das ações do Ministério da Saúde, ela afirmou, antes de responder às perguntas dos senadores, que para vencer o vírus “precisaríamos de mais e maiores medidas de produção individual, de vacinas, mas também de medicamentos”.
Mayra Pinheiro afirmou ao Ministério Público Federal (MPF) que foi a responsável por coordenar ações de difusão de medicamentos como hidroxicloroquina e azitromicina em Manaus (AM).
Habeas Corpus
Assim como o depoente que a antecedeu, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, Mayra Pinheiro chega para depor ao colegiado respaldada por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A medida, imposta pelo ministro Ricardo Leandowski, permite à secretária que opte pelo silêncio para responder fatos ocorridos entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, período em que ocorreu a crise do oxigênio hospitalar em Manaus.
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