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O fim da “zona de conforto”

Por Cristina Monte

Ah! Como é bom receber o salário na conta corrente todo final de mês, ainda tem os feriados, as férias, os dias de licença médica, e outros benefícios. Chova ou faça sol, independentemente da proatividade ou do comportamento do indivíduo, a zona de conforto, aquele lugarzinho cheio de tranquilidade e segurança, estava – eu disse – estava – garantido, porque essa certeza faz parte do passado! Com o mundo passando por rupturas, disrupções e transformações, o improvável se tornou cotidiano e aprender a atuar nesse cenário imprevisível exige que a gente tente coisas novas, supere limites senão ficará no meio do caminho e perderá o bonde.

Everybody

Porém, não é somente parte dos colaboradores ou funcionários das empresas que sofre do mal da “zona de conforto” e acaba passando a vida toda no mar raso e sem ondas ou sem encarar novos desafios profissionais. Na verdade, a maioria de nós tem um pezinho bem fincado nesse espaço aconchegante e é importante que se diga que não é por mera preguiça, como pensa o senso comum, mas – sobretudo – pelo temor do desconhecido, que paralisa muitas das nossas ações e investidas. O medo acaba tomando conta e a gente volta pra caverninha. Só que no século XXI a caverna vem se transformando em nave espacial e é preciso estar conectado aos novos tempos.

Aos poucos, mas sem parar

Você já parou pra observar que são nas questões pouco confortáveis da vida que temos a oportunidade de amadurecer, aprender a lidar melhor com novas situações e que vamos construindo nosso repertório de vida, contribuindo pra que a gente consiga superar limites, progredir e vencer novos desafios? Quando está tudo de boa, nada se move. Ou você se torna refém da vida, vítima ou parte pra ser protagonista, desbravando outras potencialidades e possibilidades além de a zona de conforto.

É claro que há muitas nuances entre uma situação e outra, e isso significa que a gente pode ir se adaptando e mudando aos poucos, sem grandes dramas!  Ninguém dorme de um jeito e acorda de outro, e isso meio que acalma, encoraja e dá ânimo pra ir – aos poucos – saindo da zona de conforto.

Veja, por exemplo, aquele seu colega de trabalho mala, que pega no seu pé, implicante, mas acaba sendo o cara que te desafia, que te deixa atento e que te faz pensar mais estrategicamente. Essa ação pode te tirar da zona do conforto se você entender a situação como algo edificante e não ficar com raiva da criatura.

Pra frente

Uma das reflexões a respeito da zona de conforto é que conforme vamos suprindo nossas necessidades básicas, construindo base sólida, outros desejos superiores nos levam à evolução e é aí que é preciso acontecer novas conquistas e superações. Tem gente que acredita que a zona de conforto é produtiva, de excelência, e é impossível dizer que ela não funciona, ou seja, algo completamente negativo. E essa comprovação não é importante, o importante é perceber até que ponto ela te limita e sabota as oportunidades, fazendo com que você volte e esteja bem aquecido na sua caverna, mesmo que ela esteja desmoronando!

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