A capitão Christina Martins, da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), levou o nome da corporação e do Estado para o cenário internacional ao participar, em outubro deste ano, do módulo internacional do curso de Liderança Feminina em Finanças Públicas oferecido pelo Instituto Insper, em parceria com o Banco do Brasil e Tesouro Nacional, com etapa sediada na renomada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
A trajetória que levou a oficial até Harvard começou ainda na primeira fase do programa. A formação tem como objetivo fortalecer a atuação de mulheres no setor público e ampliar a presença feminina em posições de liderança.
Entre 467 inscritas de todo o país, a capitão se destacou ao desenvolver um projeto de mentoria voltado para o aperfeiçoamento profissional de mulheres do serviço público, com projeto-piloto voltado às oficiais femininas da Polícia Militar do Amazonas. A proposta foi reconhecida como inovadora e de grande impacto institucional, garantindo à oficial uma das 48 vagas para o módulo internacional em Harvard.
Durante o curso, as participantes tiveram acesso a uma intensa programação de capacitações voltadas à liderança, gestão estratégica e equidade de gênero, conduzidas por especialistas de renome internacional. As atividades abordaram temas como gestão de pessoas, finanças públicas, inovação no serviço público e políticas de diversidade, oferecendo uma visão ampla e moderna sobre os desafios da administração pública.
“O Norte tem pessoas inteligentes, têm mulheres capazes, tem profissionais qualificados, apesar de estarmos longe do eixo Sul-Sudeste, aqui no Norte também temos profissionais que buscam melhorias para o seu ambiente de trabalho, pessoas guerreiras que pensam no melhor para sua instituição, então, para mim, foi muito satisfatório mostrar que uma mulher do Norte e militar também é capaz”, destacou a oficial.
O projeto
O projeto, que prevê a implementação de um programa piloto de liderança e desenvolvimento profissional dentro da PMAM, foi reconhecido pela organização como inovador e de grande impacto institucional, abrindo caminho para novas oportunidades de capacitação e valorização da mulher na segurança pública.
A iniciativa tem como objetivo fortalecer a atuação das oficiais na gestão pública, capacitando-as para também acolher e orientar subordinados em situações que envolvam questões emocionais ou de saúde mental. Entre uma das propostas do projeto-piloto, é preparar a líder como um elo de apoio entre a tropa e o Centro de Psicologia (CPSI) da corporação, promovendo uma cultura de escuta ativa, empatia e prevenção.
“O projeto-piloto é uma alavanca para as potencialidades. Ele desenvolve algumas competências comportamentais, porque além do treinamento tático e operacional, eu entendo que a liderança deve também ser preparada na área de comunicação, inteligência emocional, na área de gestão de pessoas, entre outras” explicou.
