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Olimpíada 2024: uniforme dos brasileiros na cerimônia de abertura decepciona

Na internet comentários são de que chinelo de dedo representa a cara do Brasil: a pobreza

Saia midi branca ou calça da mesma cor, camisetas listradas em verde e amarelo e jaquetas jeans com onças, araras e tucanos bordados às costas e chinelos Havaianas, assinadas pela Riachuelo, patrocinadora do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) não empolgou como uniforme dos brasileiros que desfilaram na abertura das Olimpíadas, realizada no Rio Sena, em Paris, nesta sexta-feira (26).

A moda oficial do time Brasil não agradou e os comentários na internet foram negativos. Segundo a Riachuelo, a ideia foi explorar a fauna e a flora do país. As jaquetas foram bordadas pelas bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, cidade no semiárido do Rio Grande do Norte, as mesmas que bordaram o vestido de noiva de Janja, a Primeira-dama do país.

Mesmo com toda explicação, o look não agradou. São diversas críticas nas redes sociais, incluindo de famosos como Anitta, que escreveu na sua rede social: “Acho que o look representa exatamente como o atleta é tratado no país. Sem estrutura, sem oportunidades, desvalorizado. O atleta no Brasil é um grande vencedor só por resistir na decisão de ser atleta. Por que é triste a desvalorização e falta de investimento nos talentos do esporte nacional”, criticou.

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A ex-atleta olímpica do vôlei Márcia Fu comparou o look com as roupas usadas em cultos evangélicos. “O que é isso aqui? Isso é do Brasil? Como assim? Gente, isso não é do Brasil, não, estão mentindo. Esse negocinho jeans… Que blusa é essa aqui embaixo? Bem de crente. Ai, desculpe, eu não podia ter falado, mas eu falei. Não gostei”, disparou.

“Uma delegação que se apresenta com chinelo tipo havaianas já e o retrato do pobre brasileiro”, declarou um outro internauta.

TRISTEZA

Empresa Riachuelo, responsável por criar os uniformes dos atletas olímpicos brasileiros, se pronunciou diante da onda avassaladora de críticas ao modelo escolhido para o desfile no Rio Sena, em Paris. Em nota, a diretora de marketing, Cathyelle Schoreder, expressou tristeza, disse que a peça foi feita com “amor” e que o objetivo era ser “minimalista”, pois “menos é mais”.

– A gente sempre fica triste, porque sabe o trabalho que deu, e o quanto foi colocado de amor, de paixão, todo mundo que se dedicou a esse projeto. Ninguém fez pensando em não agradar, ou pensando que não seria legal, muito pelo contrário. E por isso a gente está ouvindo, acolhendo – declarou Cathyelle ao portal UOL.

COI

“Não é Paris Fashion Week, são os Jogos Olímpicos de Paris. Arte é arte e a beleza está nos olhos de quem vê., rebateu o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, “esquecendo” que a moda reflete a cultura de um país, além de ser uma indústria potente, que gera milhões de empregos.

Por ser Paris a capital da moda, algumas delegações capricharam no design e foram na contramão do Brasil e estão sendo celebradas pela linguagem fashion presente nos trajes esportivos.

Entre os medalhões da moda está o designer Ralph Lauren, que assina o traje dos atletas norte-americanos. Um dos mais clássicos. “A execução das peças e a escolha dos tecidos são muito boas. Os uniformes traduzem a sofisticação e a tradição da grife que tem tudo a ver com os Estados Unidos”, explica o especialista em moda ouvido pelo jornal O Globo, Fábio Monnerat, que enumera alguns uniformes entre os seus favoritos como os da Mongólia, Haiti, Canadá, Estados Unidos e Holanda.

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