
O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), afirmou nessa quarta-feira (16), que a retirada dos cobradores do transporte público coletivo deve ocorrer de forma gradual. A redução será de 25% ao ano, pelos próximos quatro anos.
“Acredito que vai ser assim, 25% por ano, para que, ao final de quatro anos, essa função possa não estar mais no sistema do transporte”, declarou o prefeito David Almeida, em entrevista à Rádio Mix.
David Almeida explicou que a medida atende a uma recomendação do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), pois apenas cerca de 2% a 3% das linhas de ônibus da capital recebem o pagamento da passagem em dinheiro.
“O Sinetram alega o seguinte: que existem linhas em que somente 2% a 3% dos recursos arrecadados são em dinheiro. Isso representa uma despesa muito alta. O sindicato queria a retirada imediata desses trabalhadores, mas isso causaria desemprego em muitas pessoas. Por isso, propusemos uma diminuição gradual, ano a ano, nos próximos quatro anos”, afirmou o prefeito.
Segundo ele, os recursos que eram destinados ao pagamento dos cobradores devem ser realocados para garantir o aumento de 6% na data-base dos rodoviários, além de melhorias em benefícios como plano odontológico e cestas básicas. Motoristas que dirigem e cobram terão um benefício de R$ 600,00.
“Vamos remunerar os servidores do transporte coletivo de acordo com o que foi assinado na tarde de hoje [16/4]. Teremos aumento de 6%, também nos benefícios das cestas básicas, e no plano odontológico”, destacou.
Os profissionais serão realocados para outras funções dentro do sistema de transporte ou no comércio, com a Prefeitura de Manaus disponibilizando cursos e treinamentos de capacitação.
“Esses profissionais poderão ser aproveitados em outras funções dentro do sistema de transporte coletivo ou no comércio. Disponibilizaremos cursos, treinamentos e também financiamentos. Estou propondo ampliar o número de táxis na cidade de Manaus. Quem sabe, isso também seja uma oportunidade de alocar esses profissionais que deixarão de ter emprego em função da finalização dessa função de cobrador no sistema do transporte coletivo nos próximos quatro anos”, explicou David Almeida.