São cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária contra suspeitos e endereços situados em Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná

A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira uma operação para prender um grupo criminoso que planejava realizar ataques contra servidores públicos e autoridades. Entre as ações, os suspeitos pretendiam inclusive homicídios e extorsão mediante sequestro.
O plano de sequestrar e matar servidores públicos e autoridades, alvo da Operação Sequaz, deflagrada hoje tinha entre os alvos o senador Sergio Moro (União Brasil-PR); a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-PR), esposa dele; e os filhos do casal.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou que entre as possíveis vítimas está o ex-juiz Sérgio Moro, e família, além do promotor de Justiça de São PauloP, Lincoln Gakiya.
“Foi investigado e identificado um plano de homicídios contra vários agentes públicos (dentre os quais um senador e um promotor de Justiça). Hoje a Polícia Federal está realizando prisões e buscas contra essa quadrilha. Meus cumprimentos às equipes da PF pelo importante trabalho”, escreveu Dino, no Twitter.
De acordo com a PF, os ataques eram planejados em cinco unidades da federação: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Ao todo, são cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária contra suspeitos e endereços situados em Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
Promotor transferiu Marcola
A PF apreendeu uma moto, maços de dinheiro em um cofre, relógios, colares de ouro e um carro de luxo. O MP paulista compartilhou as informações com a Polícia Federal. As apurações descobriram que o sequestro e a morte de Moro e de outras autoridades seriam feitos para obter dinheiro e conseguir o resgate de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC.
O promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco). O integrante do MP é o principal investigador da facção criminosa no país.
Em 2018, foi Gakiya quem pediu a transferência de Marcola de São Paulo para um presídio federal. No início do ano seguinte, o chefe do PCC foi trazido para a Penitenciária Federal de Brasília.
Enquanto isso, no pacote anticrime proposto por Moro, havia a proibição da visita íntima e o monitoramento dos contatos dos presos.
Moro era alvo
O senador Sérgio Moro (União-PR) agradeceu autoridades policiais e anunciou um pronunciamento na tarde desta quarta-feira no Congresso. Operação da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira mira um grupo criminoso que planejava realizar ataques contra servidores públicos e autoridades. Ex-juiz da Lava-Jato e ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Moro era um dos alvos.
“Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado”, postou o parlamentar.
Outro alvo dos criminosos, o promotor Lincoln Gakiya integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco).