
Uma operação conjunta da Polícia Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Fundação Nacional do Índio (Funai) destruiu mais de 50 balsas de garimpo ilegal que operavam nos rios Jutaí, Curuena e Mutum, no município de Jutaí, no Amazonas, (a 751 quilômetros de Manaus).
A operação denominada “Korubo”, reuniu mais de 40 policiais federais, fiscais do Ibama e servidores da Funai. A blitz começou na segunda-feira (9) e foi encerrada nesta sexta-feira (13). O nome Korubo faz referência a um dos povos isolados que habitam a região.
A operação foi realizada depois que o Ministério Público Federal foi informado sobre a presença maciça de garimpeiros ilegais na região do rio Jutaí. A partir da instauração de procedimento de investigação foi elaborado um plano de ação envolvendo o Exército Brasileiro, o Ibama, a Polícia Federal e a Funai.
A destruição das dragas e balsas utilizadas para a extração ilegal de minério foi recomendada pelo MPF, que considerou, pela localização, impossível apreender os bens. Os únicos acessos ao local são por via fluvial – estando os rios com níveis muito baixos nesta época do ano – ou aérea, e não há bases de apoio nas proximidades. Após a fase ostensiva da operação, será feita a análise do material apreendido.
A ação foi planejada em junho com a participação do MPF, representantes do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da Polícia Federal, da Polícia Militar, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Exército Brasileiro, da Marinha do Brasil e da Agência Nacional de Mineração (ANM), além de Ibama e Funai por videoconferência em Brasília.
O MPF reuniu também com o governador do Amazonas, Wilson Lima, em 29 de agosto, para tratar, dentre outras questões, do garimpo ilegal da região do Jutaí. Foi discutida não apenas a necessidade de ações pontuais, mas também a criação de base permanente na região, além do encaminhamento das questões sociais relacionadas à temática.


