
A estiagem severa que atinge o Amazonas há vários meses tem causado sérios problemas para os habitantes do estado e levou o governo federal a autorizar as Forças Armadas a atuar na crise hídrica em conjunto com o governo amazonense, municípios e agências que estão fornecendo assistência essencial na forma de suprimentos de água potável e alimentos.
De acordo com comunicado emitido pela comunicação do Comando Militar da Amazônia (CMA), nesta quinta-feira (19), “diante do agravamento da situação, o governo federal autorizou o emprego temporário e episódico de meios das Forças Armadas em ações de apoio à Proteção e Defesa Civil, estabelecendo um Comando Conjunto, sob coordenação do Ministério da Defesa, para sincronizar as ações da Operação Estiagem 2023”.
Segundo o documento do CMA, o objetivo é contribuir para que a ajuda chegue às áreas mais atingidas o mais rapidamente possível.
O Comando Conjunto, sob coordenação do Ministério da Defesa, vai organizar e fornecer a estrutura militar para chegar até a população que está ilhada pela seca dos rios no Amazonas. O Rio Amazonas marcou nesta sexta-feira (20) o nível de 80 centímetros na altura de Itacoatiara e o Solimões está sendo dragado entre os municípios de Tabatinga e Benjamin Constant.
Entrevista
O CMA marcou uma conferência com a Imprensa para o início da tarde de hoje (às 13h), na Base Área de Manaus, no Educandos, na zona Sul da cidade, para dar detalhes sobre a atuação do Comando Conjunto.
O comandante do Comando Conjunto, general de Divisão Carlos André Alcântara Leite, nomeado pelo CMA, será o porta-voz da Operação Estiagem.
Na ocasião, haverá o embarque de suprimentos – alimentos e água – nas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para a região de Tabatinga, na região da tríplice fronteira com a Colômbia e o Peru.